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    Caro Dinheiro

    Oito em cada dez brasileiros já foram cobrados por credores

    26/04/2015 02h00

    Uma pesquisa realizada pelo SPC Brasil e pelo portal de educação financeira Meu Bolso Feliz revelou que oito a cada dez pessoas já foram cobradas por credores em decorrência de dívidas que os deixaram com o nome sujo. A pesquisa mostrou ainda que a taxa de sucesso dessas cobranças foi alta e que 56% dos que foram cobrados quitaram suas dívidas após esse contato.

    As empresas de internet e escolas ou faculdades mostraram taxas de sucesso ainda maiores: 70% e 64%, respectivamente. Já as negociações de cartão de crédito mostraram o menor percentual de acordos concretizados: 43%.

    Os resultados apontam que a cobrança representa um momento desconfortável para os consumidores. Ao todo, 18% relataram constrangimento ao serem cobrados pelas empresas, assim como sentimentos de humilhação, irritação e desrespeito, citados por 6% dos participantes para cada um deles.

    Já com relação à postura do credor, 38% dizem a considerar respeitosa, porém, notam um comportamento frio (16%) e uma postura agressiva (12%) por parte do encarregado pela cobrança. A pesquisa mostra também, que 62% dos consumidores querem diminuir o valor das dívidas e 10% querem um número diferente de parcelas.

    Para José Vignoli, educador financeiro do SPC Brasil, a maior parte dos entrevistados relata o sentimento de alívio quando consegue quitar suas dívidas. O consumidor tenta negociar as dívidas e encontrar um acordo. Isso é essencial para que o planejamento mensal seja efetivo e a vida financeira possa sair do vermelho.
     
    O SPC Brasil dá algumas dicas para uma boa negociação das dívidas:

    • Fazer um planejamento para saber quais dívidas são mais importantes pagar primeiro e só então negociar com a empresa credora;
    • Conhecer a fundo os próprios gastos e a sua renda para saber quanto pode disponibilizar para o pagamento do total da dívida ou das parcelas mensais;
    • Tentar uma portabilidade da dívida, considerando taxas de juros mais baixas (por exemplo, as taxas do cartão de crédito estão em média 260% ao ano. O ideal é trocar essas dívidas por um empréstimo pessoal);
    • Reservar uma parte da renda para o pagamento das dívidas e, caso não haja renda, vender bens como automóveis e eletrônicos para usar o dinheiro;
    • Não ter vergonha ou medo de negociar com o gerente do banco ou responsável pela cobrança. Menos de 20% que renegociaram a dívida fizeram contraproposta aos credores. O banco sempre terá interesse em negociar, por isso é importante não desistir.

    Post em parceria com Adriano Reis

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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