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    Caro Dinheiro

    Bancos se comprometem a cortar em 3% as ações judiciais de seus clientes

    07/06/2015 02h00

    No intuito de diminuir o número de processos em tramitação, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) assinou no último dia 2 de junho um acordo público com o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

    Neste acordo, as instituições financeiras se comprometem a trabalhar para cortar em 3%, nos próximos 12 meses, o número de ações movidas pelos consumidores contra os bancos e assim colaborar para desafogar o sistema judiciário.

    Hoje, são mais de 100 milhões de processos em andamento no Brasil. Considerando-se apenas a Justiça Estadual paulista, são 21 milhões de processos. O acordo assinado conta com a participação de oito bancos: Banco do Brasil, Bradesco, BNP Paribas, Banco Volkswagen, HSBC, Itaú-Unibanco, Santander e Votorantim.

    É importante entender que o índice de "bancarização" (acesso da população aos serviços bancários) no Brasil saltou de 51% em 2010 para 60% em 2015. Outro número relevante é o índice de resolutividade de reclamações dos bancos, que ficou em 77%, de acordo com a Febraban.

    Segundo Murilo Portugal, presidente da entidade, o setor bancário tem investido constantemente em canais de atendimento ao consumidor, visando a resolução de conflitos entre clientes e bancos - um importante desafio para um setor que incluiu novas camadas da população ao seu nicho de mercado.

    30 MILHÕES DE ATENDIMENTOS EM 2014

    Ainda de acordo com a Febraban, o desenvolvimento dos SACs (Serviços de Atendimento ao Consumidor) e Ouvidorias vem ajudando a desafogar os órgãos de defesa do consumidor. Em 2014, os canais de atendimento dos seis principais bancos do pais, realizaram 30 milhões atendimentos. O percentual de consumidores que buscaram órgãos como o Procon caiu 22% quando comparado ao mesmo período de 2013.

    Houve também uma redução na procura na procura pelo Banco Central do Brasil (13%), bem como nas ações judiciais (9%).

    Para a instituição, esses números mostram claramente que o setor bancário vem conseguindo reter em seus próprios canais, boa parte as demandas dos seus consumidores.

    Os principais bancos aderiram também a um sistema de autorregularão bancária, desenvolvido pelo próprio setor, no intuito de permitir a eles atuar de forma mais eficaz e transparente - movimento que poderá beneficiar consumidores, instituições financeiras e a própria sociedade civil.

    Post em parceria com Adriano Reis

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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