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    Caro Dinheiro

    41% dos brasileiros decidem por conta própria onde investir

    12/06/2015 02h00

    Pesquisa divulgada no último mês de maio pela gestora americana de investimentos Franklin Templeton mostra que 41% dos brasileiros dispensa o aconselhamento com profissionais especializados e toma decisões próprias, quando o assunto é investimento financeiro. O investidor "autossuficiente" tende a evitar riscos, gerando com isso uma carteira de investimentos limitada e com muitos produtos conservadores.

    Feito com 500 participantes de 25 a 65 anos, este levantamento mostra também que 52% dos investidores desconfiam da saúde financeira das empresas que recebem as aplicações e demonstram pessimismo com as possibilidades de ganhos para o ano de 2015. Este receio pode estar relacionado ao histórico recente de crise das instituições financeiras brasileiras.

    Quando perguntado aos participantes sobre a possibilidade do governo atingir as metas financeiras, o pessimismo subiu de 10 pontos percentuais nos últimos dois anos, para 29% em 2015, o quinto maior índice entre os 23 países considerados na pesquisa.

    A constante expansão da internet no Brasil, torna-se um acelerador deste processo de tomada de decisões próprias do investidor financeiro, pois popularizou e disseminou a circulação de informações úteis sobre investimentos. Quando busca conselho técnico, 35% utiliza o próprio banco de varejo, orientando-se com o seu gerente, uma atitude que nem sempre é a mais adequada.

    Não espere do gerente do seu banco uma assessoria de investimento imparcial. O objetivo principal dele é atingir os objetivos do banco e esses nem sempre são os melhores para os clientes.

    A pesquisa mostrou que o investidor "autossuficiente" considera o seu banco confiável e acaba se despreocupando com o risco do produto que optou. Constatou-se que 21% dos brasileiros se preocupam com a performance do produto oferecido pelo seu banco e apenas 13%, com a taxa embutida no produto que escolheram.

    Outro dado interessante mostra que menos da metade dos investidores tem aplicações no exterior, apenas 44%. Possíveis explicações são: a cobrança de taxas (40%), a falta de conhecimento do mercado global (27%), o câmbio (15%) e taxas de juros locais mais atraentes (10%).

    Investir no exterior é, principalmente, uma estratégia de diversificação interessante. Por outro lado, os custos elevados desse tipo de operação podem fazer com que esta opção fique restrita apenas a donos de grandes patrimônios.

    Post em parceria com Adriano Reis

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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