Estudo recém-divulgado pelo SPC Brasil e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que a capacidade dos brasileiros em pagar as suas dívidas baixou em 8,72% no mês de maio, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Esta já é a quarta queda consecutiva, mostrando que a atual situação econômica do país se reflete diretamente no orçamento dos consumidores, visto esta constante dificuldade encontrada para quitar suas contas em atraso.

Quando olhamos o acumulado, entre os meses de janeiro e maio de 2015, encontramos uma diminuição de 4,65 pontos percentuais nesta capacidade, evidenciando que o número de maio não é um ponto fora da curva.

Para o SPC Brasil, a inflação elevada, as taxas de juros altas, a dificuldade em conseguir crédito e o aumento de desemprego afetam a renda das famílias, criando, com isso, também uma dificuldade de recuperação de crédito por parte das empresas.

Já com relação à quantidade de pessoas inadimplentes que regularizaram suas dívidas, o número de abril de 2015 é 2,36% maior do que o do mesmo período em 2014. Para o SPC Brasil, esta variação não significa necessariamente uma melhora da economia, visto que estes números não compensariam as consecutivas quedas do início do ano de 2015.  

Levando em conta todo este cenário de incertezas com relação ao futuro econômico, é mais do que necessário o consumidor organizar seu orçamento e prevenir-se, tomando alguns cuidados para não contrair novas dívidas e tornar-se inadimplente. Mas quais são esses cuidados?

1º) Não saia gastando! É fundamental que antes de começar a gastar, você sempre observe atentamente qual a sua real situação financeira.

2º) Priorize o pagamento de dívidas atrasadas. Se você tem dívidas pendentes, se seu nome está sujo, se seu cartão de crédito está estourado ou se seu cheque especial foi para o "vermelho", pense primeiro em resolver isso.

Dica: Aproveite a sua restituição de IR (o período de restituições começa na semana que vem), por exemplo, para tentar quitar as suas pendências.

3º) Se você não tem dívidas, aproveite para criar uma reserva financeira. Ter dinheiro guardado é sempre bom para uma emergência ainda mais em tempos de crise. Uma boa reserva contempla o equivalente a doze meses de trabalho em dinheiro para você utilizar em casos de imprevistos como uma demissão, por exemplo.

4º) Somente se você não tiver dívidas e já tiver a sua reserva, você poderá pensar em realmente gastar seus rendimentos, ainda assim de forma organizada. Mas utilize o dinheiro com inteligência. Cuidado com os produtos efêmeros como roupas, sapatos, bijuterias, perfumes, cafezinhos na padaria e até "baladas". Pense mais em realizar sonhos, como fazer uma viagem, um carro ou até mesmo um curso

Post em parceria com Adriano Reis