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    Caro Dinheiro

    Facilidade no visto pode aquecer mercado brasileiro e americano

    12/07/2015 02h00

    Dados da organização U.S. Travel Association estimam que um novo posto de trabalho é gerado nos Estados Unidos a cada 32 turistas brasileiros recebidos.

    A ideia da organização era mensurar a importância de se colocar em prática mudanças nas regras do visto americano, tornando o processo mais fácil para os brasileiros que querem viajar.

    Conforme noticiado, a presidente Dilma Rousseff anunciou no último dia 30 que, ainda no primeiro semestre do ano que vem, o Brasil será incluso no programa Global Entry, que permite aos viajante frequentes entrar nos EUA sem passar pelas filas de imigração.

    O viajante entra no país passando por quiosques automáticos, sendo dispensado da passagem, hoje obrigatória, pelo setor de imigração. O anúncio foi o resultado de uma negociação entre os governos dos dois países, que havia começado em São Paulo.

    Só não poderiam ser beneficiados turistas que tenham sido condenados por algum crime ou que tenham infringido regras da imigração em qualquer país do mundo. Hoje o custo para se beneficiar do Global Entry é de US$ 100 e o período de validade é de cinco anos.

    Para a U.S Travel, a mudança será extremamente benéfica, já que o Brasil pode ser considerado um mercado enorme de viagens para os Estados Unidos, com uma forte demanda financeira. A mudança pode gerar recordes de viagens internacionais, impactando positivamente na economia dos dois países.

    A organização estima que quase 650 mil visitantes brasileiros a mais viajariam para o território americano, o que acrescentaria um montante de US$ 7,6 bilhões de dólares à economia dos EUA.

    Vale lembrar que hoje o brasileiro gasta US$ 5.800 em média por viagem ao país comandado por Barack Obama. Isso é 1,6 vezes mais do que o valor médio gasto pelos europeus, por exemplo.

    Por outro lado, a medida traria competitividade econômica em território brasileiro, impulsionando melhor qualidade dos produtos e dos preços praticados, especialmente, quando se pensa sob a ótica do consumidor.

    O Brasil será o primeiro da América do Sul a fazer parte do Global Entry, mas o sétimo do mundo. Já foram beneficiados a Alemanha, a Holanda, o Panamá, a Coreia do Sul e o México. O Canadá também está incluído nesta lista, especificamente por causa do seu programa chamado Nexus, que funciona de forma idêntica.

    Vale a pena lembrar que o visto continuará obrigatório mesmo após a entrada do Brasil no Global Entry. Tanto Obama quanto Dilma, porém, já assinaram termo de compromisso para colocar em prática nos próximos anos o Programa de Dispensa de Vistos dos Estados Unidos, o que permitirá no futuro viagens sem a exigência do visto.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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