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    Caro Dinheiro - Samy Dana

    Como escolher um bom plano de saúde sem adoecer o bolso?

    06/08/2015 02h00

    Se você anda estudando a possibilidade de trocar de plano de saúde ou se perdeu o emprego e o plano que tinha e está pensando em contratar outro, fique bem atento.

    No último dia 23 de julho, a ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) divulgou o resultado de um mapeamento realizado entre outubro de 2013 e outubro do ano passado. A pesquisa mostrou que 100 mil queixas foram feitas nas ouvidorias dos planos neste período no Brasil.

    No final de 2013, os planos passaram a ser obrigados a ter ouvidorias disponíveis ao público. Segundo a ANS, no primeiro ano de funcionamento as ouvidorias receberam 105.749 queixas. A maioria dos registros foi referente à dificuldade de marcar consultas ou ao mau atendimento (32,4%). Logo em seguida apareceram reclamações sobre contratos (22,4%) e as insatisfações por reajustes e cobranças (17,7%).

    No intuito de melhorar a conturbada relação entre usuários e operadoras, a ANS está propondo que as operadoras mantenham postos de atendimento presencial. Para as empresas com mais de 100 mil clientes, a nova normativa exigirá que elas disponibilizem também um atendimento telefônico de segunda a domingo, 24 horas por dia.

    Olhando para esse cenário, vamos a quatro questões importantes a serem avaliadas na hora de escolher um plano de saúde:

    PRIMEIRA: Para não jogar dinheiro fora, é muito importante escolher um plano que tenha a ver com o seu perfil. Se você pensa em ter filhos, por exemplo, o atendimento de obstetrícia é imprescindível. Mas se você não planeja, o serviço torna-se desnecessário e você não precisa pagar por ele.

    SEGUNDA: Se você usa bastante o plano por motivo de doença em família ou por ter crianças e idosos, verifique se não vale a pena procurar um plano com mensalidades fixas, independentemente da quantidade de vezes que o plano for usado. Se você não tem crianças nem idosos e se costuma ir poucas vezes ao médico, o ideal são os planos que cobram uma mensalidade fixa menor e adicionam um percentual conforme os atendimentos realizados.

    TERCEIRA: Fique muito atento à área de abrangência. Se você costuma viajar muito, isso se torna ainda mais importante. Além disso, vale a pena ficar atento às senhas de liberação para o atendimento, às regras de reembolso e a como se deve proceder para ter acesso à rede credenciada.

    QUARTA: Por fim, estude com calma o contrato antes de assiná-lo. Guarde uma cópia com você e sempre tire suas dúvidas consultando-o. Qualquer cobrança irregular ou indevida poderá ser reclamada com base justamente no contrato que você assinar.

    caro dinheiro

    Escreveu até novembro de 2015

    por samy dana

    Ph.D em Business, doutorado em administração, mestrado e bacharelado em economia. É professor na Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

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