A aterrissagem difícil da economia chinesa deveria ser suficiente para que parássemos de discutir a crise internacional apenas em termos do quanto ela absolve Dilma Rousseff.
Se não for suficiente, mesmo isso terá um lado bom: muita gente que poderia estar dizendo besteira sobre a crise está ocupada discutindo impeachment no Facebook. Abre-se assim espaço para uma conversa séria que deveria ter começado em 2008.
O debate público brasileiro ignorou solenemente a crise que começou em 2008. Nesse meio tempo discutimos Black Blocs, Cubocards, Distritão, o Foro de São Paulo, auditoria da dívida, 10% do orçamento vinculados a todos os temas possíveis, e teve mesmo um sujeito na "Veja" que fez um soneto para o Olavo de Carvalho. Mas nada de discussão sobre a crise mundial que, segundo os cálculos do economista Barry Eichengreen, ameaçou ser maior do que a de 1929 (e, na Europa, foi).
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A governanta se colocou na posição de dar lições a Angela e o mundo sobre como conduzir a economia. Agora o iluminado sociólogo cobra a oposição e justifica a incompetência e irresponsabilidade da sujeita com fatores externos. Um pouquinho decseriedade lhe faria bem. Aliás só sua boquinha no BC explica muito.