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    Cidadona Roberto de Oliveira

    Seu Santa Luzia

    22/02/2015 02h00

    Um bate-bola num fim de tarde numa chácara, uma rua de terra ao cair da noite, com lampiões de gás acesos manualmente, as pesadas portas de madeira maciça do armazém, o balcão de mármore de Carrara, a infância compartilhada com o trabalho.

    Com cinco anos, Álvaro Lopes já aprendia com o pai a disciplina e a dedicação que lhe permitiram dar continuidade ao comércio da família.

    Karime Xavier/Folhapress

    Ele mal balbuciava as primeiras palavras quando Daniel Lopes, seu pai, abrira um empório de secos e molhados na rua Augusta, que nem pavimentada era. Português da vila de Figueiró dos Vinhos, o patriarca começou a vida no Brasil como empalhador de cadeiras e mestre de obras. Foi dessa forma que juntou as economias e partiu para o novo negócio.

    Em homenagem à santa da qual a família era devota, nascia ali, em 13 de dezembro de 1926, a Casa Santa Luzia. "No começo, a gente passava de bicicleta pela manhã nas casas dos clientes, anotando os pedidos que seriam entregues mais tarde", lembra seu Álvaro, com um olhar saudosista.

    Ele assistiu à troca de endereço, em 1981, quando o armazém se mudou para o número 1.471 da alameda Lorena. Seu Álvaro continua dando expediente. Aos 90 anos recém-completados, exercita um verbo que, segundo ele, lhe é muito caro: prosear.

    Nas conversas de salão, ele ia descobrindo o gosto e as preferências de uma clientela sempre acostumada a viajar pelo exterior. Não à toa, seu Álvaro, com a ajuda de dois primos, tornou-se o primeiro responsável pelo setor de compras do empório.

    Hoje, para atender consumidores cada vez mais exigentes, seis profissionais participam de feiras de alimentos mundo afora. Um deles, Adérito Domingo da Conceição Nunes, trabalha há 51 anos na casa.

    Quando retornam a São Paulo, eles realizam degustações, nas quais trocam informações sobre cada produto e fazem o treinamento do setor onde o item será exposto. Cerca de 20 mil artigos abastecem as gôndolas da casa, onde hoje trabalham 533 funcionários, a serviço de uma clientela que continua a fazer a lista de compras. Seu Álvaro explica: "Desde o meu tempo de menino, os clientes trazem rótulos e embalagens de produtos que compram lá fora e que eles gostariam de encontrar aqui. Nunca mudou. Faz parte da nossa história!"

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    NÃO QUERO NEM COMO VIZINHO

    Os integrantes porcões dos blocos carnavalescos. Não dá para sair de casa e passear pelas ruas do bairro, enquanto os foliões não aprenderem a fazer xixi no lugar certo. São Paulo, mais educação, por favor!

    Edward Florentino, 48, empresário, Pinheiros

    Danilo Verpa/Folhapress

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    NUMERALHA

    2.000
    Formigas amazônicas são servidas, por mês, no D.O.M., restaurante de Alex Atala

    Divulgação

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    DIA DE DOMINGO

    Bruna Caram, 27, cantora e compositora

    MANHÃ
    Ainda dormindo maravilhosamente ou já tomando meu café com tapioca na minha casa em Perdizes!

    TARDE
    Andando alegremente com a Malvina, minha bicicleta laranjinha, pelas ciclovias da Sumaré, provavelmente indo encontrar alguma amiga.

    NOITE
    Tradicionalmente indo para a Dona Veridiana comer uma pizza com meu amor. Afinal, São Paulo é São Paulo.

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    MEU LOOK É ASSIM...

    ..."'casual' e refinado. Procuro peças curingas, que podem ser adaptadas com diversos acessórios, principalmente com tiaras e coroas florais

    Kell Cavalcante, 31, blogueira de moda e beleza, Granja Viana

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