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    Cidadona Roberto de Oliveira

    Que tal um strip?

    01/03/2015 02h00

    No segundo andar de uma butique de luxo especializada em artigos para a sedução, um animado grupo de mulheres empenha-se em aprender a arte do striptease. Dos 18 aos 70 anos de idade, vindas de diversos bairros da cidade, as alunas mal percebem passar as três horas de alguma teoria e muita prática.

    Chegam vestindo calças legging e "baby look". Na mochila, biquínis, calcinhas de rendas e babados, sutiãs de oncinha, meias de sete oitavos e a cinta-liga. Em meio a esses e outros petrechos, não faltam o scarpin preto e o baby-doll vermelho.

    A aula começa na teoria: nada de usar fantasias, a não ser que o parceiro já esteja acostumado. "Homem é lento de raciocínio. Se ela aparece pela primeira vez fantasiada, ele não vai entender e pode pôr tudo a perder", conta a empresária Luciana Keller, 44 (à direita), da Constantine, em Moema, idealizadora do curso. "Se ele começar a rir, ria também. Convide o parceiro para interagir. Assim, os dois vão tirar a sua roupa."

    Karime Xavier/Folhapress
    Luciana (camisa branca) e Fernanda, professora de dança
    Luciana (camisa branca) e Fernanda, professora de dança

    A professora Fernanda Lins (à esq.), dançarina de 32 anos, com 58 kg distribuídos em 1,57 m, mais 235 ml de silicone em cada seio, complementa: "É fundamental que a mulher vista algo que vá conseguir tirar. Não vale encarnar um personagem: é mais fazer carão, não é para baixar uma passista de escola de samba".

    Outra coisa que se aprende de cara é escolher a música certa para o momento: não pode ser muito lenta, nada que possa levar o espectador a cair no sono, tampouco um "heavy metal" de sacolejar o quarteirão.

    Luciana acrescenta: "Cuidado com as letras em inglês. Elas podem falar de coisas que não tenham nada a ver com aquele momento".

    Na hora da prática, Fernanda costuma usar uma lanterna para estimular as alunas a valorizar a silhueta. "Os homens enxergam a floresta, não a árvore. Com as luzes, focamos as partes das roupas que vão sendo tiradas em cada momento." E mais: "O seu parceiro conhece seu corpo. Se você gosta especialmente de uma parte, valorize isso no striptease. Ilumine seus pontos fortes", ensina.

    O curso, segundo Luciana, organizadora dessa espécie de "clube da Luluzinha para atender aos desejos das mulheres", pode ir além de ensinar a satisfazer a mais antiga fantasia masculina. Despir-se de maneira lenta e provocante pode fazer sucesso numa despedida de solteira, numa festa de aniversário, num chá de lingerie para noivas ou num "sexcreto", amigo-secreto com pegada picante entre as alunas.

    As três horas de curso custam R$ 250. As turmas reúnem, no máximo, 20 participantes, mas há também a possibilidade de contratar aulas particulares e eventos realizados na casa da cliente —o "sexy delivery". "Queremos dar um estímulo à diversão de adulto", brinca Luciana.

    Saiba mais: constantine-sp.com.br

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    NÃO QUERO NEM COMO VIZINHO

    O governador Geraldo Alckmin (PSDB) com suas indecisões e incertezas. Diante da falta de funcionários e equipamentos, só agora ele vai rescindir o contrato do consórcio da linha 4-amarela? O Cantareira subiu, lindo, mas e o rodízio? Imagina o Alckmin como síndico. Será que ele iria às reuniões do condomínio? E se no encontro aparecessem os jovens revolucionários do prédio? Ele mandaria um batalhão da PM para acabar com a festa?

    Brunno Almeida Maia, 28, escritor e pesquisador, Interlagos

    Ernesto Rodrigues/Folhapress

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    NUMERALHA

    76%
    dos paulistanos já desistiram de alguma atividade para não pegar fila, segundo o Datafolha

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    DIA DE DOMINGO

    Divulgação

    Filipe Catto, 27, cantor e compositor

    MANHÃ
    Estou indo dormir. Nunca consigo descobrir onde termina o sábado e onde começa o domingo.

    TARDE
    Encontros e surpresas. O almoço de domingo sempre é à tarde na região dos Jardins, no restaurante Tordesilhas, e nunca termina antes de anoitecer.

    NOITE
    Televisão, livro, séries. Melhor momento para desconectar o cérebro. A menos que o almoço da tarde tenha virado algo mais interessante. Aí o domingo só termina na segunda-feira.

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    MEU LOOK É ASSIM...

    ... "Urbano versátil. Para me sentir mais à vontade. Eu ando muito a pé e de bike"

    Ricardo Devecz, 30, videomaker, e seu cão, Moca. Santa Cecília

    Lucas Lima/Folhapress

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