• Colunistas

    Friday, 03-May-2024 05:03:53 -03
    Cidadona Roberto de Oliveira

    Fashion truck

    26/04/2015 02h00

    Protagonistas ou coadjuvantes, vovôs e vovós costumam imprimir nos currículos da vida, com histórias que atravessam gerações, uma boa dose de sabedoria. Na família Machado, isso não foi diferente.

    As irmãs Camila (à esq.) e Jessica lembram-se com carinho da infância, quando a criançada interrompia a brincadeira só para apreciar a destreza de dona Ana ao pilotar sua velha, mas eficiente, máquina de costura em meio a agulhas de variados tamanhos, carretéis de linha de todas as cores, fitas, sianinhas, dedais e uma infinidade de botões de diferentes formatos e materiais.

    Karime Xavier/Folhapress
    Irmãs Camila (à esq.) e Jessica Machado
    Irmãs Camila (à esq.) e Jessica Machado

    Vovó Ana Vieira Machado (1925-2014) não tinha pressa para nada. Para ela, costurar era mais que um simples ofício. Era uma arte, levasse o tempo que fosse. Tirava as medidas de Camila, nove anos mais velha que a irmã, mas, quando o vestidinho estava pronto, a peça caía como uma luva na garotinha mais nova.

    Vitrinista de uma famosa loja de roupa masculina, o avô, Luís, saboreava jogar-se no sofá e apreciar as netinhas desfilando com as criações elaboradas por sua mulher.

    Camila, 32, sempre manteve vivo na memória o movimento quase orquestrado das mãos da avó. Aos oito anos, anunciou à família que queria dar continuidade, entre os Machados, ao segmento de corte e costura. Na adolescência, desencanou das agulhas e partiu para um curso de engenharia, mas desistiu de seguir a carreira. Estudou moda e agora, ao lado da irmãzinha que "lhe roubava os vestidos", montou o Achado Trailer, loja sobre rodas que trafega pelas ruas com uma coleção feminina de 40 modelos criados por Camila. São vestidos, saias e blusas, com preços que variam de R$ 40 a R$ 90, além de óculos, cintos e anéis.

    No segundo sábado do mês, o trailer americano ano 1982, puxado por uma Pajero Sport, estaciona em frente ao número 259 da rua Aspicuelta, na Vila Madalena. Saiba mais em www.achadotrailer.com.br.

    Vale lembrar que o "fashion truck" não é itinerante: as meninas só param onde são convidadas. Acostumadas a dirigir carros pequeninos, de motor 1.0, seu maior desafio é estacionar o trailer, que pesa cerca de duas toneladas.

    Nessas horas, a tática é simples: elas respiram fundo, memorizam o movimento lento e preciso da agulha nas mãos de dona Ana alinhavando giros pelo ar e repetem o mantra que aprenderam com a sábia vovó: com perseverança e paciência é que se chega a qualquer lugar.

    -

    NÃO QUERO NEM COMO VIZINHO

    "A Sandy! Ela seria favorável à reforma do prédio sem ter consciência de quanto nos custaria, como fez ao aprovar uma banda sem entender o que os caras cantaram no 'Superstar', programa do qual é jurada. Fora que deve ser um saco cruzar com alguém com um vocabulário que se limita a palavras como 'adorei', 'demais' e 'sensacional'. Saudade de Ivete!"

    Beatriz Souza, 18, estudante. Tucuruvi

    Divulgação

    -

    DIA DE DOMINGO

    Divulgação

    Michelle Abu-Chacra, 36, cantora e multi-instrumentista. Vila Sônia

    MANHÃ
    Gosto de acordar cedo e passear com os meus cães, Zezo e Fulê. Depois, caio na ciclovia que tem aqui na avenida Eliseu de Almeida, na zona sul da cidade. Dou um rolé até a USP e passo na raia onde tem clube de remo. O "visu" é demais!

    TARDE
    Gosto de me dedicar a um dos meus hobbies preferidos: cozinhar, juntar os amigos, ouvir ou fazer um bom som. Se sobrar ainda algum tempo, curto visitar boas exposições de arte (indico a Casa de Vidro da Lina Bo Bardi) ou ir ao cinema, de preferência, na região da Paulista e Augusta, onde encontro filmes alternativos.

    NOITE
    Sempre busco os eventos que começam à tarde e, por isso, acabam mais cedo, como os shows que costumam ser realizados nos parques Villa-Lobos e Ibirapuera. Assim, sobra um tempinho para descansar e começar a semana com pique total.

    -

    MEU LOOK É ASSIM...

    ... "Clássico, inspirado na bossa nova de 1958, com alguns elementos do 'grunge' e do 'indie'."

    Ale Vanzella, 31, cantor, compositor e instrumentista. Moema

    Divulgação

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024