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    Cidadona

    Corretoras imobiliárias põem seus rostos em placas de aluga-se

    DE SÃO PAULO

    14/09/2014 02h00

    O sobrado que a relações públicas Marilia Ali queria alugar era da imobiliária daquela mulher loira que aparece na placa, como ela chama mesmo?

    Não é Valentina Caran. Outras corretoras estão colocando seus rostos em anúncios de vende-se e aluga-se pela cidade, tática que enriqueceu a apelidada Rainha da Paulista.

    Ezyê Moleda/Folhapress
    Adriana Weizmann, corretora imobiliária que usa seu rosto em faixas de aluga-se e vende-se
    Adriana Weizmann, corretora imobiliária que usa seu rosto em faixas de aluga-se e vende-se

    Quem caça imóvel pelo Bom Retiro deve se deparar com o rosto de Adriana Weizmann, dona da imobiliária Hai. É ela quem estampa as placas dos imóveis que negocia.

    O uso nada teve a ver com Caran, afirma. "Quando abrimos, precisávamos de uma estratégia para que o cliente soubesse que aquela nova imobiliária era da Adriana, vinda de família de comerciantes antigos do bairro."

    Sergio Alberti/Folhapress
    Placa da corretora Valentina Caran na rua da Consolacao em 2007, quando ela ainda usava seu rosto para propagandear
    Placa da corretora Valentina Caran na rua da Consolacao em 2007, quando ela ainda usava seu rosto para propagandear

    A autônoma Joana Assis também anda dando as caras nas faixas dos 30 imóveis que negocia. "É comum nos EUA, não tem nada a ver com a Valentina", jura.

    "Elas têm mais é que fazer igual a mim. Não me incomoda em nada", diz Caran, a corretora que ficou famosa por associar seu rosto com os anúncios

    Aos 54 anos, Valentina continua saindo às ruas diariamente. Comemorava com um cigarro ter alugado 30 mil m2 numa manhã de sexta em seu escritório, na Paulista. Mas não dá mais as caras nos anúncios. "A [lei] Cidade Limpa fez as faixas diminuírem. Eu gostava de ter meu rosto enorme, do tamanho de um prédio."

    Deixou o famoso retrato, com bocona vermelha e madeixas louras, apenas em cartões de visita e nos calendários que distribui a qualquer um que conheça. "Eu nunca quis aparecer."

    Ezyê Moleda/Folhapress
    Valentina Caran, 54, que ainda sai às ruas diariamente para vender imóveis posa no seu escritório na avenida Paulista
    Valentina Caran, 54, que ainda sai às ruas diariamente para vender imóveis posa no seu escritório na avenida Paulista

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    QUALQUER NÚMERO

    800.000
    Esfirras de carne são vendidas por dia pela rede Habib's. Na unidade 24 horas da avenida Rio Branco, no centro, saem 5.000 unidades diariamente. Já o restaurante Saj, com quatro unidades na cidade, vende 7.895 esfirras abertas de carne por semana.

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    SIM, NÃO E NENHUM TALVEZ

    "O público paulistano é mais culto", diz Claudia Ohana, 51, falando do Rio de Janeiro, onde mora. A atriz se mudou para São Paulo nesta semana para protagonizar a maior soprano da história em "Callas", em cartaz até 9 de novembro no Teatro Itália, no centro.

    Divulgação
    A atriz Claudia Ohana em cena da novela "Vamp", de 1991
    A atriz Claudia Ohana em cena da novela "Vamp", de 1991

    Você canta ópera desde pequena. Achou que isso poderia ser profissionalmente útil em algum momento?
    Sim

    Parou de tomar gelado pra interpretar a maior soprano da história?
    Sim

    Não canta em cena. Mas queria?
    Sim

    Continua sonhando muito, como disse 15 anos atrás. "tendo um filme por noite na cabeça"?
    Sim

    O filme argentino "El Misterio de La Felicidad", no qual participa, foi um passo para uma cinematografia internacional?
    Não

    Toparia fazer papel de avó?
    Sim

    Algum papel para o qual dissesse não?
    Não

    Já cansou de ser sinônimo de um tipo de depilação?
    Sim

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    ADEUS AO BACIÃO DO BRÁS

    Pétala Lopes/Folhapress
    Loja de roupas infantis por atacadoBrascol, no Brás
    Loja de roupas infantis por atacadoBrascol, no Brás

    Não é só a nova Galeria Pagé, planejada para abrir em 2015, que traz novos ares para o Brás. A região fabril está investindo para se tornar um shopping de rua. A loja de atacado infantil Brascol da rua Maria Marcolina, por exemplo, já deu um tapa em metade de seu prédio. Aposentou o esquema bacião e fez 34 boxes para fábricas venderem direto ao cliente ficaram com cara de shopping center, com direito a manequins e vitrine. "E isso não significa que o preço vá aumentar", diz Antonio Almeida, da empresa.

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