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    Cidadona

    Capa de celular imitando remédio tarja preta vira moda na cidade

    DE SÃO PAULO

    19/10/2014 02h00

    Donata Meirelles, diretora de estilo da "Vogue", postou no seu Instagram uma foto com as quatro opções de acesssórios para sair. Quase 2.000 pessoas a ajudaram a escolher o modelito de capinha do celular: a do ansiolítico Frontal, a do tranquilizante Rivotril, a do anti-depressivo Prozac ou a do barbitúrico anticonvulsivante, hipnótico e sedativo Gardenal.

    "Ganhei todas de presente. Elas fizeram muito sucesso em Paris [onde ela esteve até dias atrás para a semana de moda]", conta Donata.

    Os "skins", apelido dado ao acessório, imita o fundo branco da caixa dos medicamentos, com sua logomarca e até a tarja preta com o aviso "O uso deste medicamento pode causar dependência".

    Gabriel Cabral/Folhapress
    Capinhas de celular simulam embalagem de remédios como Rivotril, Gardenal e Lexotan
    Capinhas de celular simulam embalagem de remédios como Rivotril, Gardenal e Lexotan

    Na região da rua 25 de Março, cada uma custa de R$ 8 a R$ 15, e os modelos se esgotam "antes das duas da tarde", diz uma vendedora. Mas não é lá que mulheres abonadas vão comprar os seus.

    "Tem um moço que vende na avenida Brasil, a R$ 30 [cada uma]. É lá que eu compro", explica a empresária Rita Gagnin.

    O revendedor atende no Instagram pelo apelido AleDasCapas, tem 17.000 seguidores e fotos com famosos como a apresentadora Isabella Fiorentino. "Eu comprei dele a capa do Frontal e usei uns dias, mas desisti porque senão iam achar que eu usava remédio. E não uso", diz Rita.

    O precursor da moda medicamentosa na cidade atende pelo nome de Sérgio Kamalakian. Quatro anos atrás, o estilista tinha estampado marcas como Stilnox (para dormir) e Ritalina (para hiperativos) em almofadas, camisetas e copos da sua loja, Sergio K. Vendeu "como água".

    "Recebi um processo da Anvisa e de alguns laboratórios produtores desses remédios para que as peças fossem tiradas imediatamente de circulação." Desistiu e agora vê com desdém a nova moda.

    A Anvisa avisa: quem vender produtos com estampa de medicamentos de uso controlado infringe uma lei e, se autuado, será multado em até R$ 1,5 milhão. Mas não há pena para quem use os remédios como capinha de celular.

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    FOTO DE PERFIL

    Leticia Moreira/Folhapress
    Barbara Beluco modelo, eleita o melhor corpo das passarelas
    Barbara Beluco modelo, eleita o melhor corpo das passarelas

    Abaixo o mito de que modelo é magra só por causa de genes. Barbara Beluco, 27, foi escolhida pela veterana australiana Elle Mcpherson, 50, para ficar com o título The Body, o melhor corpo das passarelas. E não foi de graça: "Faço bastaaante aeróbico. Eu gosto de comer, então tem que queimar". Faz essa torra com corridas diárias de até 21 km, treinos de bike de 60 km e aulas de boxe tailandês com outras modelos, além da malhação. "No ano que vem, quando estiver morando em Nova York, corro minha primeira maratona", planeja ela enquanto corre no parque do Povo, "suada demais para parecer uma modelo".

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    O DISPENSÁVEL INDISPENSÁVEL

    Divulgação
    Luminárias de Angelica dos Divinos
    Luminárias de Angelica dos Divinos

    É possível ter em casa um letreiro luminoso de estúdio com as palavras No Ar. Ou ainda uma placa fluorescente de Saída. Os dois são a mesma peça, uma caixa luminária de madeira em que se encaixam lâminas de vidro com mensagens como: Foda-se, TPM, Divina, Poderosa ou Coragem. A base custa R$ 224 e cada uma das frases sai por R$ 36, no site da designer Angelica dos Divinos ( www.angelicadosdivinos.com.br)

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    QUALQUER NÚMERO
    10%

    De 948 hidrantes testados na cidade de São Paulo funcionam, segundo inquérito civil instaurado em novembro de 2013 pelo Ministério Público para investigar a falta de manutenção das ferramentas anti-incêndio. A Sabesp, os bombeiros e a prefeitura se comprometeram a resolver o problema, segundo a promotoria.

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    CÃES GORDOS NÃO VOAM

    Ritinha, uma buldogue francesa de dois anos, está gorda demais para voar. A TAM diminuiu em 13 de setembro o peso máximo de cães que aceitava levar na cabine, junto com os donos: de 10 kg para 7 kg, o animal mais sua caixinha. "A Ritinha nunca mais vai voar", diz sua dona, Ana Clara. Isso porque a Gol não aceita animais na cabine e o limite da Azul é de 5 kg. A TAM diz que a mudança "visa garantir a segurança e conforto do animal".

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    AQUEEELA VIAGEM

    Uma agência de viagens para dentro de si. É a proposta de um novo empreendimento, que oferece roteiros esotéricos no Butão, no Havaí e em Auiruoca (MG). "As viagens devem ser dentro de si. Por isso, pedimos que os viajantes contemplem. Levamos um fotógrafo. As pessoas não devem ver a partir dos seus tablets ou celulares", diz Patrícia Barcelos, sócia da Dreamcatcher. Um final de semana no campo custa R$ 950. Uma viagem de Ano-Novo ao Peru começa em US$ 2.900 (cerca de R$ 7.000).

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