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    Cidadona

    Aumentam idosos em karaokês de SP, que passam a abrir às 7h da manhã

    07/12/2014 02h00

    Tieko Yonamine canta junto com o galo: às 7h15 do domingo (30), ela tomou o palco de um campeonato de karaokê na Casa Verde para mostrar seu domínio sobre o cancioneiro japonês.

    Uma etiqueta com o número um colado nas costas da mão que Tieko usa para segurar o microfone mostra que a aposentada de 75 anos é a participante com mais idade no torneio. Mas ela não está só.

    "Até um ano atrás, as competições começavam às 9h. Agora, tem de ser às 7h, para todos os idosos cantarem e o evento seguir com as categorias mais novas. Tem de terminar até as 22h por causa da lei do Psiu", explica Marcia Matsuo, da União Paulista de Karaokê, que organiza os campeonatos.

    O aumento de competidores com mais de 70 anos foi da ordem de 40% nos últimos três anos, estimam os organizadores do circuito oficial de karaokê.

    "A expectativa de vida da comunidade é grande, e os idosos têm interesse em cantar. Despertar a atenção dos jovens é nosso desafio", diz Massanobu Aguena, 73, vice-presidente da Associação Okinawa da Casa Verde, que organiza cantorias e premia com arroz japonês, além de troféus.

    Os competidores são divididos por idade nessa competição, com cada faixa compreendendo um intervalo de cinco anos. Criou-se nos últimos tempos a categoria 8, para cantores com idade maior ou igual a 85 anos.

    "É melhor que bingo", diz, Yukio Suri, 88, se desculpando pelo "pouco português". Ainda que consiga se comunicar bem na língua de Camões, é entoando refrões como o de "Kita No Yado Kara", sua escolha para competir no salão da Liberdade, que ela se sente à vontade. "Cantar é exercício e é diversão. É como ver televisão e fazer amigos ao mesmo tempo."

    As associações afirmam que metade dos veteranos musicais comece a cantar já depois da terceira idade. Munehiro Kayo, 74, ainda está esquentando as cordas vocais. "Comecei faz um ano e pouco. Venho uma vez por semana, ainda que não ache bom cantar tão cedo."

    "Eu sempre canto a mesma música, até ganhar", diz o orgulhoso detentor de um troféu. Que não ficou entre os primeiros colocados no domingo passado. Fica para a próxima matina de domingo.

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    FOTO DE PERFIL

    Jéssica Neuhaus quer distância dos biscoitos: a modelo de 23 anos foi descoberta enquanto vendia bolachas com a mãe numa feira do Rio Grande do Sul, e hoje se afasta da guloseima por prudência, e não para negar as origens.

    "Sempre me pedem para ficar mais fininha", diz a loira, comparada com Candice Swanepoel, a modelo da "barriga negativa".

    Ainda assim, ela anda de dieta para fazer desfiles de alta-costura. "O que eu cortei? Tudo: um pouco de carboidrato, glúten, lactose, doce nem pensar. Grelhado com salada e fruta, de que eu não abro mão."

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    A GENTE VAI COMER À NOITE

    O On Va Manger, bistrô na Bela Vista que cobra R$ 34, 50 por entrada mais prato principal e sobremesa, passou a abrir para o jantar nesta semana. Nas noites de quinta a sábado, é oferecido um novo cardápio que inclui pé de porco ao vinagrete, rabada ao molho de mostarda caseira e língua braseada, por R$ 69,50. Vá já: "Ainda não tem fila de espera", diz a dona Fernanda de Carvalho.

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    É PRECISO DAR O SANGUE?

    O teste rápido contra o HIV é grátis fica pronto em 20 minutos e pode ser feito com uma gota de sangue, tirada da ponta do dedo. Mas não no Centro de Testagem e Aconselhamento Henfil, no Anhangabaú: os funcionários colhem sangue da veia de quem vai fazer o exame. "Houve um acidente e agora preferimos fazer assim", diz uma funcionária. A prefeitura nega a prática.

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    UM SÉCULO DE SP NA TELA

    Depois que lançar o livro "Quase Um Século" na segunda (8), no Museu da Imagem e do Som, o cineasta Rodrigo Nanni, 90, não deve descansar. "Quero conseguir recursos para filmar 'Cidade Ilimitada', que evidentemente é sobre São Paulo. Eu sempre quis fazer uma ficção com os personagens de várias classes sociais deste lugar", diz o homem que dirigiu "O Saci" (1953).

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    O DISPENSÁVEL INDISPENSÁVEL

    Se o paulistano não pode ir à praia, que ao menos o chá mate gelado venha até ele. Trincando de gelado, no caso, no picolé de mate com limão que vem numa embalagem desenhada pela Farm, uma das marcas carioca das mais bem-sucedidas, que também já desenhou para a Adidas. O sorvete da Kibon chega aos freezers nesta semana, por R$ 2,75.

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