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    Cidadona - Chico Felitti

    Apesar da seca, marcas de moda e de carro fazem festas em piscinas

    21/12/2014 02h28

    Há 15 dias, no ensolarado sábado 6 de dezembro, a grife Cotton Project reuniu seus clientes, que pagam R$ 99 em uma camiseta branca básica, para uma "pool party" numa casa na rua Atlântica, nos Jardins.

    A expressão em inglês é a predileta da estação para designar a ação de marketing em voga: encher uma piscina e colocar muitos produtos e logotipos da sua marca ao redor dela, para consumidores se divertirem (e serem fotografados) interagindo com eles.

    Quem ganhasse um ingresso (ou desembolsasse R$ 30 por um) tinha direito a dançar numa pista, experimentar paninis de um food truck e entrar na água no evento da marca de roupas, que teve mais de 50 participantes e imagens divulgadas pelas redes sociais.

    No sábado 13, foi a vez da Mini, marca de carros que pertence à BMW, conclamar seus contatos para bailar e tomar drinques na piscina de uma casa da rua Groenlândia, nos Jardins, onde também acontecia um bazar de roupas de grife.

    O dia amanheceu cinza e uma cortina de garoa nublou o ânimo dos convidados. Nenhum festeiro apareceu das 15h, quando a balada começava, às 17h, e as boias na superfície da água ficaram estáticas.

    "Ainda não temos planos de realizar um segundo evento, mas a experiência foi bastante positiva", diz a BMW. A empresa afirma que tinha como intuito "demonstrar um caráter premium e inovador".

    Marcelo Pontes, líder de marketing da ESPM, avalia que a pior crise hídrica dos últimos 84 anos pode não ser o melhor momento para usar água em ações promocionais de empresas.

    "Qual é a opinião que as pessoas vão ter desse evento, independentemente de gastar mais água ou não? Isso é o importante. Dependendo do grupo, não vai ter muito impacto, mas isso pode reverberar de maneira negativa com as pessoas que tomaram conhecimento da festa. Não é que todo mundo vai achar errado, mas tem mais probabilidade."

    A BMW afirma que não houve gasto d'água porque o intuito da festa não era usar a piscina (ainda que o convite tivesse a foto de pessoas nadando). A Cotton Project não se pronunciou.

    O professor Pontes recomenda que as marcas substituam as festas por eventos no seco ou mandem um segundo convite, suspendendo a reunião, com a promessa de remarcar quando são Pedro começar a colaborar.

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    QUALQUER NÚMERO

    R$ 2.000.000
    É o tamanho do rombo causado por uma fraude administrativa no Clube Atlético São Paulo, em Higienópolis, desde 2007. A diretoria avisou aos sócios que o esquema envolvia funcionários-fantasmas e que pediu abertura de inquérito policial e move processo contra ex-gestores. Procurados, clube e acusados não se manifestam.

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    NESSE TEATRO NINGUÉM DORME
    Vai ter gente esperando ansioso a volta de "Transgressões" ao cartaz do teatro Parlapatões, em 10 de janeiro. É que a peça da companhia Pia Fraus, que trata de sensualidade e fantasias, usará como camarim um espaço (quase) público. O elenco, com nomes como Ana Elisa Mattos e Cristiano Bacelar, se trocará dentro de uma vitrine voltada para o bar do teatro, que é aberto para a praça Roosevelt.

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    O LADO ALTO DO PLANO DIRETOR
    O Plano Diretor, que limita a altura de prédios no miolo de bairros, passa a ser aproveitado por construtoras. "O novo projeto foi beneficiado", diz Efraim Horn, copresidente da Cyrela. Essa empreitada é o The Year Edition, nova grife de prédio que estreia no Alto da Lapa e tem regras como fachada peculiar e vista por "ao menos 20 anos", garantia dada ao saber que nenhum imóvel vizinho poderá subir.

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    SIM, NÃO E UM TALVEZ

    Este é o ano de Marjorie Estiano. Aos 32, a artista retornou à novela das nove, "Império", para fazer por mais alguns meses uma versão remoçada da vilã Cora, que ela havia interpretado no começo do folhetim, e lançou seu terceiro disco, "Oito", com 90% de músicas próprias. Ela fala sobre 2014.

    Marcio Simnch/Divulgação
    Marjorie Estiano, que lançou seu terceiro CD, "Oito"
    Marjorie Estiano, que lançou seu terceiro CD, "Oito"

    A ideia era ser um álbum só de músicas suas?
    Não

    Ficou receosa com a comparação com Carmen Miranda e, mais recentemente, Fernanda Takai, por ter gravado "Ta-Hí"?
    Não

    Foram dois anos montando o repertório, produzindo, gravando e finalizando esse álbum. Está ansiosa para fazer outras coisas?
    Sim

    Você já afirmou que a sorte faz parte do sucesso. Você tem sorte?
    Sim

    A Fernanda Torres diz que escreve romances enquanto espera para gravar cenas. Acontece o mesmo com você e com as músicas?
    Talvez

    Teve de adiar a divulgação do disco ou algum show por ter voltado à novela?
    Não

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