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    Cidadona

    Fora de linha, camiseta do MST vira moda e chega a R$ 100

    14/06/2015 03h00

    "O que dizer desta camiseta? Ela e original. E é vintage", lia-se no anúncio de uma peça que pertencera a um empresário famoso da noite e estava à venda por R$ 80 em um site de produtos usados, nos primeiros dias de junho.

    A peça, vermelho-sangue, vinha com a estampa de um casal levantando uma peixeira dentro do riscado do mapa do Brasil. Era uma camiseta tamanho G do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, custando o mesmo que uma peça nova do estilista Alexandre Herchcovitch.

    Comentários contrários à venda ou ao seu preço tomaram redes sociais. "Isso resume a ironia do Brasil", escreveu Carla Lima. A roupa desapareceu da internet.

    A peça tinha saído do armário do empresário Facundo Guerra, nome por trás de bares como o Riviera e baladas como o Cine Joia. "É uma camiseta que comprei no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2001. Não teria porque tirar da loja", afirma Guerra.

    O site Enjoei, que botou o preço no item e escreveu a descrição que abre este texto, decidira que era por bem cancelar a venda e guardar a peça. "As pessoas começaram a cair de pau em cima dele. Não queria que fosse uma coisa desagradável", diz Ana Luiza McLaren, dona do site.

    Não foi a primeira vez que o manto do MST alcançou um preço mais de 300% maior que seu valor original, que oscila entre distribuição gratuita e R$ 20 para quem não é filiado ao MST.

    "Paguei R$ 100 por uma para um cliente, arquiteto", diz o personal stylist Kiko Dee, que não revela o nome do cliente nem se um assentamento se estabelecer no seu apartamento em Perdizes.

    Membros da banda O Teatro Mágico também incorporaram a peça ao figurino de palco, em turnês passadas, o que levou fãs a procurarem roupas parecidas.

    O MST, que atualmente está com a produção de camisetas suspensa, escreveu uma nota dizendo não ter controle da venda dessas peças. "A camiseta, a bandeira, nosso hino e até as barracas: são símbolos de representação da luta desde o surgimento do movimento." Em breve, as camisetas vermelhas devem voltar ao site do movimento, para qualquer um comprar por cerca de R$ 20. "É o que uma família precisa para viver um dia em um assentamento", diz um membro do MST.

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    BOLINHOZINHOS DE ARROZ

    O restaurante Ritz recebeu ao menos dez queixas de diminuição nas porções entregues em casa. "A porção de bolinho de arroz caiu pela metade", diz um chef que pede anonimato. Diz o Ritz: "Pode ter ocorrido eventual variação na entrega, por alguma falha na produção. Lamentamos o erro e reforçaremos o treinamento da equipe".

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    FOTO DE PERFIL

    Letícia Moreira/Folhapress
    Os artista Caroline Kielmanowicz, Rafael Menôva e Nicole Plascak, que organizam exposição de um dia no Glicério
    Os artista Caroline Kielmanowicz, Rafael Menôva e Nicole Plascak, que organizam exposição de um dia no Glicério

    Caroline Kielmanowicz, 29, Rafael Menôva, 28, e Nicole Plascak, 28, vão levar um pedaço do Pacaembu para o Glicério. Os três convidaram outros 12 artistas, a maioria deles da Faap, para expor obras numa mostra fátua, que durará só o domingo (14), até as 22h, no número 721 da rua do Glicério. "Quando alguns artistas viram o lugar, uma ex-fábrica de luvas, deu ataque de 'coxismo' em um ou outro, que desistiu de vir por achar o lugar ermo", diz Menôva.

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    ESTRELA MICHELIN A PREÇO DE BANANA

    O chef francês Laurent Trochain, que vem a São Paulo para fazer um jantar na terça (16), no Sheraton WTC, é a favor de vender refeições de luxo em sites de compras coletivas, que dão até 50% de desconto no valor original. "Fiz uma vez no meu restaurante, Numéro 3 [que ganhou uma estrela do Guia Michelin e cobra 78 euros no menu degustação] e oi ótimo. Lotou, o que é uma coisa boa. Todos têm direito a comer bem."

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    QUALQUER NÚMERO

    R$ 550.000
    É o lance inicial no quadro a óleo "Criação do Mundo", de Tomie Ohtake, que estará no leilão James Lisboa, nos Jardins, em 29 e 30 de junho. Outros lotes incluem um peru, pintado por Cândido Portinari, cujo preço base é R$ 1,5 milhão, e um quadro com bandeiras de Volpi, por R$ 300 mil.

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