"Adeus, farewell, auf wiedersehen, goodnight." Com esse refrão, os sete filhos do capitão Von Trapp se despedem dos convidados de seu pai para fugir dos nazistas em "A Noviça Rebelde". Esse era o filme favorito de meninas loucas por musicais antigos.

É um pouco óbvio, mas eu era uma dessas meninas.

A visão de saias rodadas, vestidos, coreografias, sapateado e esse montão de coisas que fazem brilhar os olhos de qualquer criança com tendências de diva me levavam à loucura. Lembrem-se de que, naquela época, não existia a internet, então todos esses filmes, fotos e músicas dependiam da habilidade da minha mãe para encontrá-los por aí, em locadoras, livros e discos.

Mas isso não importa muito, estou querendo desviar do assunto. Esta coluna acaba hoje, depois de quase dois anos e meio de atividades.

Durante essa temporada, fiz novos amigos, mandei e recebi cartas, escarafunchei minha infância e a do meu filho. Falei de pitangueiras, passeios no centro, pé roxo de amoras, livros e mais um tanto de outras coisas.

Não tenho saudades da minha infância, ela foi bem vivida. E descobri que, quando a gente deixa, um pedaço grande dela nos acompanha na vida adulta. É só continuar curioso, interessado pelos outros e pelo mundo, andar pela própria cidade como se fosse turista, perguntar por que a resposta é "porque sim" ou "porque não".

Então, por hoje é só pessoal!