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    Cláudia Collucci

    Chuva com trovões? Fuja da praia!

    29/12/2014 18h46

    O Brasil é atingido, todo ano, por cerca de 50 milhões de raios. É o país que tem a maior concentração de raios de todo o mundo.

    A explicação é geográfica. Somos o maior país da zona tropical do planeta, onde o clima é mais quente e, portanto, mais favorável à formação de tempestades.

    Os raios matam, em média, 130 pessoas no Brasil por ano. Outras 200 ficam feridas. Muitos desses casos seriam evitáveis se as pessoas fugissem de situações que potencializam o risco, como ficar dentro d'àgua, em lugares descampados ou perto de árvores diante de uma chuva com trovões –sons provenientes do deslocamento de ar da passagem do raio.

    Quando alguém é atingido diretamente por um raio, pode sofrer uma parada cardíaca e respiratória e ter morte instantânea. Se essa pessoa estiver nadando em uma piscina ou no mar, o perigo é ainda maior, pois a água conduz a eletricidade com mais eficiência. Além de provocar danos irreversíveis ao sistema nervoso e ao coração, o raio literalmente torra a vítima.

    As estatísticas mostram que uma a cada seis pessoas atingidas pela descarga elétrica morre na hora. Outras têm chances de sobrevivência se receberem atendimento imediato, com massagem cardíaca e respiração artificial boca a boca, mas podem apresentar sequelas para o resto da vida. As pessoas também podem ser afetadas por correntes elétricas que se propagam pelo solo a partir do ponto que o raio atingiu.

    Qual a ação correta diante de uma tempestade ou chuva com descarga elétrica? Se estiver na praia ou qualquer outro lugar descampado, procure imediatamente abrigo –o carro, por exemplo. Fique longe de árvores, cercas, postes e linhas de energia.

    Também não utilize equipamentos elétricos, o celular ou objetos metálicos. Se por alguma razão, não houver abrigo por perto, a recomendação é ficar agachado, de preferência usando calçado com sola de borracha. Estamos no auge da temporada de raios, o período entre outubro e março. Portanto, é bom reforçar o cuidado.

    cláudia collucci

    É repórter especial da Folha, especializada em saúde. Autora de "Quero ser mãe" e "Por que a gravidez não vem?" e coautora de 'Experimentos e Experimentações'.
    Escreve às terças.

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