Esse carro na foto é o Copersucar, o primeiro carro brasileiro de Fórmula 1. Criado pelos irmãos Emerson e Wilson Fittipaldi, o modelo FD01 em exposição no Conjunto Nacional é um carro original, que permaneceu por 20 anos em uma fazenda da família em Araraquara e foi restaurado pelas mesmas pessoas que o construíram.

A escuderia Copersucar-Fittipaldi foi a primeira e única equipe de Fórmula 1 do Brasil. O carro estreou em 1975, no GP da Argentina, pilotado por Wilson Fittipaldi -o primeiro brasileiro a disputar uma prova da categoria com o FD01.

	Denis Cisma/Folhapress
	O Copersucar-Fittipaldi de 1975 e Paulo Solriz, idealizador do Velocult

Seu irmão Emerson foi bicampeão mundial de F-1, campeão da Fórmula Indy e bicampeão das 500 Milhas de Indianápolis. Além disso, abriu caminho para gerações de pilotos brasileiros como Nelson Piquet e Ayrton Senna.

Mesmo com ótimos pilotos, a equipe não conseguiu vencer nenhum dos 104 prêmios que disputou. O que virou motivo de chacota na época, algo típico de brasileiro que comemora quando ganha mas desdenha quando perde.

O Copersucar-Fittipaldi está longe de ser motivo de riso, pois chegou em segundo lugar no GP do Brasil de 1978, no autódromo de Jacarepaguá, e terminou temporadas na frente de equipes como McLaren, Williams e Ferrari.

O FD01 é um dos carros mais importantes da história automobilística do país. Esse e outros carros -como o Opala de Paulo Gomes, que foi o primeiro carro a ganhar a Stock Car no país, as carreteras dos anos 60 de Chico Landi e o Willys Interlagos de Bird Clemente- podem ser vistos bem de perto na quinta edição da Exposição Velocult. A abertura teve a presença dos pilotos Emerson Fittipaldi, Marinho e Ingo Hoffmann, Paulo Gomes e dos designers Anísio Campos (Puma) e Toni Bianco (Bianco).

Além de viajar no tempo, o visitante pode brincar de pilotar em um simulador montado dentro de um Mitsubishi Lancer Evo.

A exposição é gratuita e está aberta ao público até o dia 29 de março.