O comerciante Flávio Gagliardi, 33, é um fanático por veículos da Volkswagen. Mais conhecido como Zé, ele tem um motor tatuado no peito e, nas costas, uma águia carregando no bico o logotipo da VW.

Aos 12 anos, sua mãe pedia a ele que manobrasse o Fusca do avô, para poder lavar todo o quintal de casa.

Gagliardi aprendeu a dirigir no estacionamento de um supermercado: seu pai o colocava no colo e o deixava conduzir o carro no pátio vazio, nas noites de domingo.

Seu primeiro veículo foi um Gol 1990. Desde então, ele nunca teve carros de outras marcas. Seu maior "desvio" foi comprar um Seat, mas a marca espanhola pertence ao grupo VW.

	Denis Cisma/Folhapress
	O comerciante Flávio Gagliardi, 33, fanático por veículos da Volkswagen, e o seu Jetta 1987

O Jetta da foto é seu carro favorito. Raro no Brasil, foi arrematado em um leilão por um senhor que nunca conseguiu andar nele. A máquina ficou retida por seis anos pela Receita Federal, devido a uma irregularidade na importação –o carro não tinha os 30 anos mínimos para ser considerado um veículo de coleção.

Gagliardi comprou o Jetta ainda com placa amarela. Para o novo licenciamento, escolheu um número que faz referência a 1987, ano de produção do veículo.

Outro detalhe interessante do carro são as rodas P-Slot da Pirelli, que acompanhavam o Golf Mk1 GTI europeu. A suspensão foi rebaixada, e o motor AP 1.8 carburado foi convertido para um 2.0, com carburador Weber.

Esse tipo de customização feita em carros europeus, com detalhes e sem exageros, se espalhou pelo Brasil, onde passou a ser chamada de "eurolook".

Todos os anos, o auge do "eurolook" no país acontece em Águas de Lindóia (SP), durante o Bubble Gun Treffen, um evento organizado pela Volkspage apenas para veículos do grupo VAG (VW, Audi, Seat e Skoda).

No ano passado, Zé teve sua paixão reconhecida ao ser premiado como dono de um dos VW com melhor interior e melhores rodas.