O Puma GT DKW foi um esportivo brasileiro com carroceria em fibra de vidro, impulsionado pelo conjunto mecânico do DKW Fissore, com motor 1.0 de dois tempos, 3 cilindros em linha e 60cv.

O Puma DKW e o carro que o originou, o Malzoni GT, foram feitos para as pistas de corrida. Com design inspirado na Ferrari 275 GTB, o carro de Rino Malzoni recebeu mudanças estéticas de Anísio Campos e ganhou até o prêmio de carro mais bonito do Brasil. Foi um sucesso de vendas. Em 1967, ano do lançamento, foram produzidas 135 unidades, o que é bastante para uma fábrica artesanal.

No entanto, em setembro de 1967, a Volkswagen adquiriu a DKW-Vemag, com a promessa de continuar a produção, mas encerrou-a em seguida.

O Puma-DKW ficou, então, sem conjunto mecânico, o que fez Rino Malzoni migrar para a plataforma Volkswagen, alterando-o completamente.

O pai do engenheiro mecânico Ricardo Prado trabalhava como gerente de produção na Vemag e ficou para vender as máquinas e o que sobrou da fábrica depois que ela fechou.

Decidiu então, montar um Puma-DKW para ele.

Comprou o chassis de treinamento mecânico e mandou fazer um motor Vemag no dinamômetro. Também aproveitou câmbio e semi-eixo e comprou volante de corrida e freios a discos da equipe de competições da Vemag.

Tudo foi montado em casa.

Depois, mandou o chassis completo para a Puma, onde fizeram sua última carroceria. E usou o carro muito, rodando 250 mil km em oito anos, até presentear o filho Ricardo, que havia entrado na faculdade.

Antes de usar o carro, Ricardo restaurou com os amigos na mesma garagem em que ele foi criado.

O Puma, então, foi usado em corridas de subidas de montanhas e manteve o recorde por 13 anos na categoria 1.0.

Além de inúmeras participações em rallyes de regularidade e exposições.

	Denis Cisma/Folhapress
	O engenheiro Ricardo Prado e seu Puma DKW ano 1968