À primeira vista, o Peugeot 405 T16 1995 de Bruno Tinoco Martinucci, 26, parece um sedã normal. Suas linhas se assemelham ao Alfa Romeo 164, pois são ambos design Pininfarina.

Olhando com mais cuidado, vemos uma roda 16", um discreto aerofólio e o emblema T16 na traseira.

A diferença mesmo está escondida no cofre do motor: um 2.0 litros, 16V, turbo e com função overboost, que faz a pressão mudar de 1.0 para 1.3 bar quando se pisa totalmente no acelerador, deixando o carro com 220 cv de potência.

O resultado são 7,1s para chegar aos 100km/h.

Além disso, o carro conta com tração integral e suspensão traseira hidroativa, que corrige a altura do carro conforme o peso que ele carrega.

Não é errado dizer que, na época, o carro estava no mesma categoria do BMW M3 e do Mercedes Cosworth.

O 405 T16, de produção, era também o irmão menor do mítico carro de corrida do piloto finlandês Ari Vatanen: seu 405 T16 quebrou o recorde em 1988 em Pikes Peak, no Colorado, uma das mais famosas provas de subida de montanha do mundo.

Ele bateu o tempo do Audi Quattro e manteve o recorde por muito anos, numa época em que essa prova ainda era em estrada de terra. Vale a pena assistir um curta-metragem chamado "Climb Dance", que mostra essa subida.

A série especial T16 é a topo de linha, uma versão homologada do carro de rali, raríssima no mundo inteiro. Esse exemplar é o único no Brasil, tão raro quanto uma "mosca branca" na linguagem dos colecionadores.

	Denis Cisma/Folhapress
	Bruno Tinoco e seu Peugeot 405 T16 1995

O carro está com baixa quilometragem e em perfeito funcionamento, o que o eleva a "mosca branca de olhos azuis".

E para completar, esse T16 foi um presente da Jordan para Rubens Barrichello, com direito a manual do carro assinado por ele. É uma mosca branca de olhos azuis que zumbe em irlandês e francês de tão raro.