• Colunistas

    Tuesday, 07-May-2024 21:02:48 -03
    Edgard Alves

    A Argentina teve mais equilíbrio emocional no basquete

    14/08/2016 02h00

    Por maior que seja a dor da derrota numa partida como a vencida pela Argentina contra o Brasil, é bom ressaltar que se trata de basquete. E, nesse esporte, quando dois times são potencialmente equilibrados, não tem vencedor enquanto o cronômetro estiver acionado, mesmo que restando poucos segundos.

    Quem acompanha a modalidade sabe disso, embora seja difícil aceitar um resultado negativo. Aborrece, mas faz parte do jogo. Os brasileiros estavam atrás no marcador, mas reagiram e levaram a vantagem até os segundos finais do tempo regulamentar, quando cederam o empate e acabaram superados na segunda prorrogação.

    Danilo Verpa/"Folha de S.Paulo"/NOPP
    BASQUETE - BRA X ARG - RIO DE JANEIRO/RJ - 13/08/2016 - PARTIDA ENTRE BRASIL X ARGENTINA NO BASQUETE MASCULINO REALIZADO NA ARENA CARIOCA 1, NO PARQUE OLIMPICO NAS OLIMPIADAS RIO 2016. Foto: Danilo Verpa/Folha de S.Paulo/NOPP
    Argentina mostrou mais frieza em quadra

    A Argentina teve mais equilíbrio emocional no momento em que o confronto esquentou para valer. Essa diferença, muito leve e sutil, é o que fez a diferença. Explica precipitações em bolas fáceis, que resultam em erros do perdedor e acertos em lances mais complicados do vencedor.

    Nas últimas duas décadas, os argentinos evoluíram na modalidade bem mais do que os brasileiros, que, olimpicamente, reinaram por anos antes dessa mudança. Basta a constatação da medalha olímpica de ouro da Argentina em Atenas-2004.

    Os reflexos daquela conquista certamente continuam transmitindo confiança e levam o time a acreditar em sol quando está chovendo. Não é apenas garra, é um estado de espírito que ajuda a manter o equilíbrio e a conduzir o time à superação.

    O técnico da seleção do Brasil, o argentino Rubén Magnano, reconhece essa vontade de ganhar dos seus compatriotas, que ele chama de "matéria-prima". Afinal, ele comandou o time medalha de ouro na Grécia.

    Antes o Brasil tinha Oscar, que decidia. Neste sábado (13), Magnano viu o argentino Nocioni anotar 37 pontos. O "Mão Santa" mudou de lado. É outra explicação.

    Chamada - Rio 2016

    edgard alves

    Jornalista esportivo desde 1971, escreve sobre temas olímpicos. Participou da cobertura de seis Olimpíadas e quatro Pan-Americanos. Escreve às terças.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024