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    Edgard Alves

    Bolívia é único país da América do Sul sem medalhas olímpicas

    15/08/2016 02h00

    A Olimpíada já premiou com medalhas no Rio de Janeiro atletas de 65 dos 206 países participantes do evento. Outras 141 delegações não conseguiram ir ao pódio até agora nesta edição brasileira dos Jogos.

    A festa olímpica prossegue por mais uma semana com a variedade de espetáculos oferecida pelas 42 modalidades do evento.

    Nesse jogo, as medalhas simbolizam o potencial de cada uma das delegações. Os Estados Unidos, sem qualquer surpresa, lideram disparado o quadro de conquistas. São a potência olímpica do mundo. China, Grã-Bretanha (última organizadora dos Jogos), Rússia, Alemanha e Japão (sede do próximo evento, em 2020) aparecem a seguir.

    Mais de uma centena de países nunca ganharam uma única medalha olímpica. Entre eles figurava Fiji, formada por ilhas da Oceania, mas a delegação quebrou esse tabu no Rio ao chegar ao título do rúgbi de 7.

    Na decisão da modalidade, que retornou aos Jogos depois de 92 anos de ausência, Fiji bateu a Grã-Bretanha e provocou uma festa dos torcedores, com buzinaço, nas ruas de Suva, a capital do país. A primeira aparição de Fiji nos Jogos Olímpicos foi em Melbourne, em 1956, na vela, boxe e atletismo.

    Desta vez a Olimpíada faz a sua estreia na América do Sul como palco da competição. Exceto a Bolívia, o único país que passou em branco até agora, os demais sul-americanos conquistaram medalhas.

    Jose LIrauze/Xinhua
    (160726) -- LA PAZ, julio 26, 2016 (Xinhua) -- El presidente de Bolivia, Evo Morales (c-frente), encabeza la ceremonia de despedida para los atletas bolivianos que participarán en los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro 2016, en el Palacio de Gobierno, en La Paz, Bolivia, el 26 de julio de 2016. El presidente boliviano Evo Morales ofreció el martes a los atletas bolivianos que participarán en los Juegos Olímpicos de Río de Janeiro, premios económicos por cada medalla que consigan. El presidente explicó que se premiará con 50.000 dólares estadounidenses al atleta que consiga la presea dorada, con 40.000 dólares estadounidenses al que logre la medalla de plata y con 30.000 dólares estadounidenses a quien traiga a Bolivia la medalla de bronce. (Xinhua/Jose LIrauze/ABI) (ab) (jg) (ah)
    O presidente da Bolívia, Evo Morales (c), durante evento com atletas bolivianos

    Esse fraco desempenho boliviano não se deve à ausência nos Jogos. A Bolívia competiu pela primeira vez na Olimpíada de 1936, em Berlim. Depois de perder os quatro Jogos seguintes, enviou uma equipe para a edição de 1964, em Tóquio, e desde então só ficou fora em 1980. Em 1984, Nelly Chavez-Wright, 42ª colocada na maratona, tornou-se a primeira mulher a representar o país. A delegação boliviana veio para o Rio com cinco atletas.

    O Brasil, com o total de 108 medalhas, é o líder do subcontinente, integrado por 12 países e sete territórios. A seguir aparecem Argentina, Colômbia, Chile, Venezuela, Uruguai, Peru, Equador e Suriname –e Paraguai e Guiana, estes com apenas uma medalha cada um.

    A primeira participação do Brasil foi na Olimpíada de Antuérpia, na Bélgica, em 1920, quando ganhou três medalhas, uma de bronze, uma de prata e uma de ouro, esta com Guilherme Paraense (tiro esportivo). De lá para cá, só deixou de participar em 1928.

    Na última edição, em Londres, obteve 17 medalhas (3 de ouro, 5 de prata e 9 de bronze). O plano do Comitê Olímpico do Brasil era atingir pelo menos 25, no Rio. Até o momento tem um ouro, duas pratas e 3 bronzes. Pouco para uma meta dos sonhos, a de ficar entre os top 10 da Olimpíada.

    edgard alves

    Jornalista esportivo desde 1971, escreve sobre temas olímpicos. Participou da cobertura de seis Olimpíadas e quatro Pan-Americanos. Escreve às terças.

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