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    Edgard Alves

    Prognósticos de Brasil e Bélgica na Copa Davis indicam bom combate

    13/09/2016 02h00

    Com campanhas discretas, mas marcadas pelas manifestações ruidosas dos torcedores, o tênis brasileiro teve um tom especial na Olimpíada e na Paraolimpíada, no Rio. Nesta semana, tem mais desafio pela frente, o confronto contra a Bélgica pelos playoffs da Copa Davis.

    O vencedor vai disputar o Grupo Mundial, o principal da Davis, em 2017, juntamente com outros 15 países. As quatro partidas de simples (duas na sexta e duas no domingo) e a de duplas (no sábado) estão programadas para quadra de piso rápido, em Oostende, na Bélgica.

    Os prognósticos indicam a possibilidade de um bom combate. A equipe belga vai jogar em casa, com apoio da torcida –participantes da recente Olimpíada sentiram a pressão dos torcedores anfitriões. Agora são os brasileiros que estarão sujeitos ao comportamento da torcida rival.

    O time do Brasil, capitaneado por João Zwetsch, está integrado pela base dos últimos seis anos na Davis, com Thomaz Bellucci e os duplistas Marcelo Melo e Bruno Soares.

    A novidade fica por conta da estreia de Thiago Monteiro, que recentemente ingressou no top 100 da ATP. Ele será o 74º jogador na história a defender o Brasil na Copa. Na reserva estarão outros novatos, Orlando Luz e Marcelo Zormann.

    Ano passado, nas oitavas do Grupo Mundial, o Brasil caiu diante da Argentina, em Buenos Aires, numa disputa apertada (3 a 2) e ilustrada pela derrota do brasileiro João Souza, o Feijão, diante do argentino Leonardo Mayer.

    Foi um duelo incomum, que durou nada menos do que 6 horas e 42 minutos, o segundo mais longo do tênis mundial, superado apenas pelas 11 horas entre John Isner e Nicholas Mahut, em Wimbledon-2010.

    Contra a Bélgica, o Brasil chegará ao seu 156º confronto na Copa Davis –87 vitórias e 68 derrotas– em 86 anos. Desde a criação do Grupo Mundial com 16 países, em 1981, o Brasil esteve na elite da Davis em 13 temporadas.

    Na equipe atual, Thomaz Bellucci é o brasileiro com mais participações. Chega ao seu 18º confronto, enquanto o compatriota recordista, Thomaz Koch, atuou em 44.

    Brasil e Bélgica se enfrentaram duas vezes pela Davis, ambas em Bruxelas, com vitórias do time local em 1960 e em 1993. Agora, as equipes voltam a ficar frente a frente, envolvidas por uma coincidência. Ambas tropeçaram recentemente diante da Croácia pela Davis.

    O Brasil em 2015, em Florianópolis, derrota que impediu a equipe de recuperar sua vaga no Grupo Mundial. A Bélgica, este ano, também em casa (Liège), resultado que mandou o time para os playoffs.

    Apesar disso, os belgas estão bem cotados no torneio, no qual chegaram ao posto de vice no ano passado. O capitão Johan Van Herck tem à disposição David Goffin, que vem se destacando nas últimas temporadas, mais Steve Darcis, Ruben Bemelmans e Joris de Loore.

    Na Olimpíada do Rio, antes de ser eliminado por Rafael Nadal nas quartas, Thomaz Bellucci ganhou de David Goffin (2 a 0), mas o ambiente do novo combate é bem diferente. Aguentar torcida adversária vira obstáculo a ser superado.

    No Rio, tenistas e atletas estrangeiros de outras modalidades reclamaram do barulho e das provocações dos torcedores. Quem não chora não mama, reza o dito popular. O fato é que nenhuma medalha do tênis ficou no Brasil.

    edgard alves

    Jornalista esportivo desde 1971, escreve sobre temas olímpicos. Participou da cobertura de seis Olimpíadas e quatro Pan-Americanos. Escreve às terças.

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