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    Elio Gaspari

    Conhecimentos jurídicos e gramaticais de Marcelo Miller valiam R$ 1 milhão

    22/10/2017 02h00

    Mauro Pimentel - 8.set.2017/Folhapress
    O ex-procurador Marcelo Miller (à dir.) chega à procuradoria regional para prestar depoimento
    O ex-procurador Marcelo Miller (à dir.) chega à procuradoria regional para prestar depoimento

    O ex-procurador Marcello Miller informa que só um advogado não aceitou defendê-lo, por conflito de interesses. Ele assegura que não é verdade que tenha a chave para decifrar a trama que culminou no escalafobético acordo de colaboração dos irmãos Batista com o procurador-geral Rodrigo Janot.

    Por não ter cometido crime, Miller garante que não tem o que negociar com a Viúva.

    O doutor disse à Polícia Federal que, em março passado, quando oficialmente ainda pertencia ao Ministério Público Federal, ajudou um diretor da JBS, examinando a redação de um dos anexos da proposta de acordo de colaboração dos irmãos Batista. Fez isso por simples cortesia e limitou-se a apresentar reparos "linguísticos e gramaticais".

    Ao migrar da Procuradoria para o grande escritório de advocacia que costurava o acordo dos Batista com Janot, os conhecimentos jurídicos, linguísticos e gramaticais de Miller valiam R$ 1 milhão ao ano.

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    MICRO-ONDAS

    Assim como assou com emissões de micro-ondas os tucanos que pretendiam desafiar seu comando na escolha do candidato a prefeito de São Paulo, Geraldo Alckmin começou a fritar João Doria. No mesmo forno.

    O segredo da fritura é deixá-lo prometer, viajando com seu reality show.

    Marlene Bergamo - 27.set.2017/Folhapress
    O governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria em evento em São Paulo
    O governador Geraldo Alckmin e o prefeito João Doria em evento em São Paulo

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    VIRADA

    A conversão do Supremo ao paganismo e a blindagem que o Senado deu a Aécio Neves estão longe de significar o estancamento da "sangria" (leia-se faxina) que a Lava Jato vinha impondo à política nacional.

    Mesmo assim, juízes, procuradores e policiais devem controlar seus surtos de onipotência.

    O suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier virou o relógio, talvez até para a imprensa.

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    Leia outros textos da coluna deste domingo (22):

    elio gaspari

    Nascido na Itália, veio ainda criança para o Brasil, onde fez sua carreira jornalística. Recebeu o prêmio de melhor ensaio da ABL em 2003 por 'As Ilusões Armadas'. Escreve às quartas-feiras e domingos.

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