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    Fernando Rodrigues - Euclides Santos Mendes

    As possibilidades de Joaquim

    16/10/2013 03h30

    BRASÍLIA - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, admitiu na segunda- feira que poderá, no futuro, seguir uma carreira político-eleitoral, inclusive como candidato a presidente da República.

    Foi a primeira vez que Joaquim Barbosa falou em público dessa forma. Em entrevistas recentes, preferia dar respostas indicando desinteresse pela política.

    "Tenho um temperamento que não se adapta bem à política. Isso porque eu falo o que penso", foi uma de suas frases ao jornal "The New York Times", em agosto passado.

    Na última segunda-feira, o tom foi diferente: "Sempre tive uma carreira técnica. No dia em que deixar o Supremo, como entrei muito jovem, eu terei ainda tempo para refletir sobre isso [concorrer em eleições]. Acho difícil exercer a carreira no Supremo até os 70 anos. Eu não tenho no momento nenhuma intenção de me lançar candidato à Presidência da República. Pode ser que no futuro surja o interesse".

    O ministro tem dado sinais de estar insatisfeito com a vida no STF. Seu mandato de presidente da corte vai até o final de novembro do ano que vem. Mas alguns eventos no calendário de 2014 podem fazer a diferença.

    É possível que, até a metade do próximo ano, o STF tenha concluído o julgamento do mensalão. Nessa época, pós-Copa do Mundo, a campanha eleitoral começará a dominar o noticiário. Ficará então mais claro quem são os candida- tos competitivos.

    Com sua missão cumprida no STF --o julgamento do mensalão--, nada impediria Barbosa de sair para embarcar como apoiador de algum candidato a presidente. Estaria se credenciando para desempenhar uma função na administração federal do futuro governo.

    Aos 59 anos, essa experiência no Executivo é um predicado útil para quem vai, no futuro, "refletir" sobre ser candidato a presidente.

    fernando rodrigues

    Escreveu até novembro de 2014

    Na Folha, foi editor de "Economia" (hoje "Mercado"), correspondente em Nova York, Washington e Tóquio. Recebeu quatro Prêmios Esso (1997, 2002, 2003 e 2006).

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