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    Futebol na Rede

    Bom início e jogada final não escondem nossos problemas

    19/06/2013 18h59

    O início foi avassalador. A última jogada da partida foi linda e terminou em gol. Mas é necessário dizer que, mesmo com a vitória de 2 a 0 sobre o México, a seleção mostrou que ainda tem problemas, principalmente na distribuição dos seus jogadores em campo.

    A pressão do Brasil no início de partida chegou a empolgar a torcida. A euforia foi causada pelo ritmo forte do time e também pelo futebol muito bom nos primeiros 20 minutos. Com Neymar liderando o time, com dribles e arrancadas, o apoio constante dos laterais e a chegada de Paulinho pelo centro, o time foi encurralando os mexicanos.

    A boa movimentação do time no início da partida foi vista no primeiro gol. O lance começou na esquerda, chegou ao outro lado para o cruzamento de Daniel Alves e acabou com o lindo chute de Neymar, que vinha acompanhando a bola desde que a jogada começou. Após o primeiro gol, a seleção continuou pressionado o adversário e ainda teve alguns momentos para aumentar a vantagem.

    No começo, o Brasil pressionou o México porque tomava a bola antes que o adversário passasse da linha central. Assim, o jogo só acontecia no campo mexicano. Mas, foi só o time do México conseguir trocar passes para que aparecesse um dos problemas crônicos do nosso time: a distância entre os setores.

    A partir do momento que os mexicanos saíam da sua defesa tocando bola, sobrava um espaço muito grande entre os atacantes, meias e Paulinho, que marcavam no campo inimigo e os demais jogadores - Luiz Gustavo e a linha de quatro defensores.

    Por isso, mesmo com a fragilidade ofensiva do México, a seleção tinha problemas para recuperar a posse de bola e, o que pode ser fatal contra um time mais qualificado, e teve que cometer inúmeras faltas nas proximidades da nossa área.

    Para o segundo tempo, Felipão tentou melhorar o desempenho da equipe, mexendo no posicionamento da sua linha de armadores, principalmente pelo fraco desempenho de Oscar. Se no primeiro tempo o trio ficou com Hulk (direita), Oscar (meio) e Neymar (esquerda) na volta o intervalo o time estava com Oscar (direita), Neymar (meio) e Hulk (esquerda). A seleção criou uma boa chance com Hulk, mas o time continuava mal posicionado em campo e, por isso, o técnico optou pela troca de Oscar por Hernanes.

    Mesmo assim, o ritmo do jogo não mudou. O Brasil não conseguia mais manter a bola, mesmo com a entrada de Hernanes - o time continuava com os seus setores distantes - e o México criava chances pelos lados do campo, principalmente com Barrera fazendo jogadas pelo lado direito do ataque. Até sofremos alguns sustos, mas o México não criou uma chance clara de gol ou exigiu uma grande defesa de Júlio César.

    No final, a grande jogada de Neymar, que tinha voltado a jogar pela esquerda e mais uma vez nosso melhor jogador, acabou em um gol de Jô.

    Começamos e terminamos bem, mas ainda precisamos achar o caminho da regularidade.

    Até a próxima! E será no sábado, contra a Itália.
    Mais pitacos em: @humbertoperon

    humberto luiz peron

    Escreveu até dezembro de 2013

    É jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance".

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