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    Gilberto Dimenstein

    O católico Alckmin e os gays

    11/06/2012 07h15

    A estrela política da Parada Gay foi o católico conservador Geraldo Alckmin --ele deu um exemplo de respeito à diversidade.

    Um contraste com Fernando Haddad e José Serra que, certamente de olho nos votos dos religiosos, preferiram ficar longe do evento. Haddad talvez esteja preocupado com a repercussão do chamado kit-gay; e Serra vem, nos últimos tempos, se comportando com um pendor religioso que tem mais a ver com as urnas do que com Deus.

    Ao não participarem da Parada Gay, Serra e Haddad demonstraram pouco respeito não com os gays, mas com São Paulo --aliás, nenhum candidato a prefeito estava lá.

    Como católico fervoroso, desses que se confessam, Alckmin tem suas convicções religiosas. Mas, como governador de São Paulo, sabe que a Parada Gay representa a diversidade e um esforço de ajudar a combater a violência contra o grupo marcado pela discriminação.

    Neste ano, coube ao seu governo lançar a ideia de um museu, numa estação do metrô, em homenagem à diversidade sexual.

    *

    Um dos esforços importantes deveria ser não deixar que temas religiosos contaminassem o debate sobre políticas públicas, no geral, e de saúde, em particular.

    Os comentários homofóbicos e selvagens que recebo, nesta coluna, quando escrevo sobre a violência contra gays, apenas revela nosso desafio de educação para a diversidade.

    gilberto dimenstein

    Escreveu até dezembro de 2013

    Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

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