Não gosto de nenhum dos produtos que o empresário Jorge Paulo Lemann produz mundialmente. Não tomo refrigerante nem cerveja --aliás, tenho restrições, como o leitor desta coluna sabe, a determinados tipos de propaganda de bebida. Nem gosto de comida de fast-food. Não como carne vermelha, o que me deixa longe de um hambúrguer. Mas um produto que ele vem produzindo serve como um exemplo educativo.

Nesta semana, chegou ao Brasil o educador Salman Khan, que se notabilizou pela produção de vídeos gratuitos tornando simples as mais difíceis matérias. Junto com o material, vem um sistema de ensino em que o aluno faz os exercícios no computador, que entende suas dificuldades e propõe reforços, ajudando o trabalho dos professores. O programa de computador presta-se como uma espécie de professor particular.

Em toda a minha temporada de dois anos em Harvard, Salman foi, de longe, o personagem mais interessante para o Brasil que eu conheci, daí ter sido personagem de várias das minhas colunas e comentários na rádio --e olhe que lá não falta gente interessante.

A experiência vem sendo testada, e com bons resultados, em escolas públicas de São Paulo.

A Fundação Lemann se dispõe bancar a disseminação desse material em 6.000 escolas brasileiras, capacitando os professores.

Quanto mais usarmos esse tipo de material, ganharemos mais tempo e dinheiro para que o Brasil seja mais educado.

E quanto mais empresas e empresários bancarem experiências, capazes de serem disseminadas no setor público, melhor.

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Para ver o material de Salman Khan clique aqui