Não sei se vai dar certo -aliás, ninguém sabe-, mas tenho certeza de que uma escola que será lançada neste mês na favela da Rocinha, na zona sul do Rio, vai chamar atenção de educadores no mundo. É de uma ousadia extrema o Ginásio Experimental de Novas Tecnologias (mais detalhes aqui).
Lá, o professor deixa de ser professor como conhecemos. Passa a ser um tutor. Os estudantes terão acessos a conteúdos digitais, onde se pode organizar seu próprio aprendizado, escolhendo diferentes caminhos.
Os programas de computador conseguem detectar as fragilidades dos estudantes - e, assim, propor exercícios de reforço. Detectadas as fragilidades, o professor-tutor reúne alunos em pequenos grupos, oferecendo uma ajuda personalizada.
Lá não tem séries nem classes com cadeiras enfileiradas. A escola são grandes salões onde se misturam alunos das mais diferentes idades com os mais diferentes tipos de curiosidades.
É daquelas experiências que todos devemos prestar atenção para aprender com os erros e acertos.
Já vale só pela coragem de tirar do papel, numa favela, o que os mais inovadores educadores do mundo recomendam como a escola do futuro.
Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.