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    Gilberto Dimenstein

    Chique é ficar na rua

    02/02/2013 10h33

    Está aí uma boa notícia da gestão Haddad: neste ano, os blocos de rua em São Paulo não são apenas tolerados (em alguns casos, reprimidos), mas apoiados.

    Não sou fã de Carnaval nem de batucada, mas acho que uma cidade realmente chique e sofisticada é aquela que ocupa as suas calçadas. Por isso, entre outras coisas, nos encantamos com cidades como Nova York, Paris e Barcelona.

    Por causa do medo, o paulistano foge das ruas. Ele se protege nos condomínios, carros blindados, shoppings, cercados de muros e catracas. Imagine que chique são os muros...

    Mas chique mesmo é sentir-se livre na rua, vendo gente interessante caminhando ou sentada por cafés. É papel da administração pública induzir o público a conviver em espaços públicos e torná-los mais agradáveis e seguros.

    Em São Paulo, até artistas de rua são discriminados. Não são vistos como diversão e alegria, mas ameaça. Há muita gente que reclama das ciclovias nos fins de semana, como se o espaço fosse só dos carros, esses microcondomínios ambulantes.

    Cidade sem ruas alegres é cidade incivilizada.

    E uma dica para quem vai brincar na rua: um aplicativo gratuito sobre os blocos paulistanos, basta clicar aqui www.universo.mobi/blocos

    gilberto dimenstein

    Escreveu até dezembro de 2013

    Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

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