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    Gilberto Dimenstein

    O cidadão de lixo

    21/08/2013 08h39

    Todos deveríamos agradecer à cidade do Rio pela lição de cidadania.

    Iniciada nesta semana, a multa para quem joga lixo tende a disseminar pelo país inteiro.

    Não é apenas o lixo que está discussão. Mas a relação do brasileiro com o que é público.

    Temos o hábito de atacar a incompetência do poder púbico (o que é correto), mas esquecemos a responsabilidade individual de cada cidadão.

    No Brasil, temos a cidadania adolescente sem limites. É sempre como se fosse o problema dos outros. Aliás, passados alguns meses, muita gente nem se lembra em quem votou.

    Se não jogassem tanto lixo na rua, o trabalho de coleta seria menos difícil.

    Mas, para isso, além da educação, é preciso multa,

    É preciso fazer doer o bolso. É um jeito de combater a cidadania de lixo

    *

    Por falar em cidadania, Fernando Haddad (PT) está cometendo um sério erro ao deixar os camelôs voltarem para as ruas de São Paulo.

    Na prática, ele está ajudando o contrabando e prejudicando o comerciante que paga impostos e gera empregos.

    É um retrocesso na cidade de São Paulo.

    gilberto dimenstein

    Escreveu até dezembro de 2013

    Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

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