• Colunistas

    Friday, 17-May-2024 08:26:47 -03
    Gilberto Dimenstein

    Caetano, Gil e Chico: a droga da celebridade

    16/10/2013 09h12

    Um fotógrafo resolveu fazer uma experiência para mostrar o poder da droga no corpo.

    Deixou as telas de lado e seus tradicionais pincéis. Fez de seres humanos as telas e trabalhou apenas com produtos de maquiagem. Sem photoshop (veja aqui ).

    Essa foi a ilustração que encontrei para mostrar o que considero essencial no debate sobre as biografias - um assunto que colocou sob holofotes e críticas algumas das pessoas que mais admiro artisticamente e fazem parte da minha trilha musical permanente.

    O que está em jogo, em essência, é apenas o seguinte. Estamos falando de pessoas que são celebridades e vivem de ser celebridades.

    Merecerem, aliás, serem celebridades por causa do seu extraordinário talento.

    Querem ser lembrados apenas como celebridades, sem os traços humanos. Isso é uma espécie de droga.

    Acabaram se envolvendo em algo - a censura - que compromete muito mais sua biografia.

    Como escreveu Caetano, Narciso acha feio o que não é espelho.

    Para mim, o que eles fizerem ou deixaram de fazer em suas vidas não afeta em um milímetro o encanto e o prazer que suas obras me produzem.

    Aproveitando, veja aqui uma coleção de imagens de estrelas do entretenimento estampadas na publicidade comparadas com a vida real.

    gilberto dimenstein

    Escreveu até dezembro de 2013

    Ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024