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    Ivan Finotti

    Carangos legais no cinema

    05/05/2013 01h06

    Deve existir, em algum lugar do mundo, uma locadora que tenha uma seção só com filmes de carro, mas eu não a conheço, nem nunca ouvi falar.

    Acontece que, assim como existem fãs de faroeste ou de ficção científica, garanto que há quem busque filmes só porque eles tratam de automóveis.

    Pois aqui vai um bom começo para que nossa hipotética locadora reserve uma prateleira lá nos fundos e pendure uma plaqueta "filmes de carros":

    Divulgação
    Cartaz de "Bellflower", com o carro Medusa soltando fogo
    Cartaz de "Bellflower", com o carro Medusa soltando fogo

    "Bullitt" (1968) - O Mustang GT 390 verde-musgo do detetive (Steve McQueen) de São Francisco fez um sucesso tão grande que a Ford já lançou uma edição chamada Bullitt. A cena de perseguição de carros dura 11 minutos.

    "Um Golpe à Italiana" (1969) - Mini Coopers são usados por ladrões ingleses, liderados por Michael Caine, para escaparem pelos esgotos de Turim. Refilmado sem o brilho original em 2003.

    "500 Milhas" (1969) - Paul Newman arrasa como corredor em Indianápolis.

    "As 24 Horas de Le Mans" (1971) - Novamente McQueen, agora como um piloto que volta à pista francesa determinado a vencer, após ter quase morrido numa corrida anterior.

    "A 300 Km por Hora" (1971) - Com a ajuda do amigo Pedro Navalha, mecânico pobre (Roberto Carlos) revela-se com um Dojão nas pistas de Interlagos. Curioso é que, no ano anterior, o rei estava 100 km/h mais lento, ao gravar a canção "120... 150... 200 Km Por Hora".

    "Conexão França" (1971) - Talvez a perseguição mais famosa do cinema: um Pontiac 1971, pilotado pelo detetive Popeye (Gene Hackmann), corre atrás de um trem de metrô num minhocão. Para piorar, o Brooklyn está cheio de carros e pedestres desatentos.

    "Bellflower" (2011) - Dirigido por Evan Glodell, trata de dois amigos que passam o tempo instalando armas tipo lança-chamas num carango antigo, para o caso de o apocalipse chegar e o mundo virar um filme do "Mad Max". Independente e premiado, é um tanto perturbador. Ou melhor, é bastante.

    ivan finotti

    Escreveu até agosto de 2013

    É jornalista cultural há 20 anos e atualmente ocupa o cargo de editor de "Ilustrada". Recebeu o prêmio Esso de criação gráfica como editor do "Folhateen" em 2008. Passou por jornais como "O Estado de S.Paulo" e "Notícias Populares" e revistas como "SuperInteressante". É coautor da biografia "Maldito", sobre Zé do Caixão.

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