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    Jaime Spitzcovsky

    Empresa americana faz campanha pela paz entre cães e carteiros

    29/05/2016 02h00

    Na era dos avanços da comunicação digital, julgava superada uma das rivalidades mais marcantes na trajetória recente da humanidade, a entre cães e carteiros. Cresci com desenhos animados e histórias em quadrinhos retratando essas tarefas magnânimas: entregar correspondência versus proteger o território.

    Claro que carteiros devem ter toda a segurança do mundo para exercer seu relevante trabalho. Certamente devem ter técnicas de proteção. Cabe, portanto, aos donos de animais assumir a responsabilidade de permitir o acesso, sem risco, ao portador de cartas e encomendas.

    Elcerdo

    A velha história voltou ao meu radar quando uma reportagem da emissora CBS, na cidade de Filadélfia, nos Estados Unidos, adentrou minha caixa postal -a digital, diga-se de passagem. O tema: campanha do correio local para melhorar o relacionamento no momento da entrega da correspondência.

    Segundo a reportagem, Filadélfia registrou, em 2015, 44 ocorrências de atritos entre seus funcionários de correios e cães. No ano anterior, o número havia sido de 33.

    Em entrevista à rádio, uma funcionária dos correios sugeriu medidas básicas, como colocar o cão numa área isolada no momento da chegada do carteiro. Ela lembrou ainda os riscos de pedir a crianças para receber a correspondência, pois o instinto protetor canino costuma se intensificar nessa situação.

    "Se o seu cachorro continuar a assediar nossos funcionários, pediremos a você para vir à agência dos correios para recolher sua correspondência", avisou Linda De Carlo.

    Ela adiantou ainda que os carteiros não se importam em aguardar um pouco enquanto o destinatário coloca o seu animal de estimação fora do alcance do visitante.

    No sítio, tomo medidas para evitar momentos desagradáveis na chegada do correio -por isso, coloquei uma caixa para correspondência em área sem acesso aos cães.

    Apenas depois, porém, lembrei-me de um detalhe: na minha área, os carteiros não chegam.

    jaime spitzcovsky

    Jornalista, foi correspondente da Folha em Moscou e em Pequim. Na coluna, fala sobre relações internacionais, com atenção especial ao Oriente Médio. Escreve às segundas, a cada duas semanas.

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