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    Janio de Freitas

    Ou desce

    24/09/2015 02h00

    Na aparência, um PMDB que decide salvar o "ajuste fiscal" e o governo, curvando-se a dezenas de vetos presidenciais a medidas só aprovadas pelo Congresso porque sustentadas pelo mesmo PMDB. Na realidade, uma chantagem política, urdida passo a passo, por meses, até o governo sentir-se em sua penúltima hora. E entregar, entregar-se, ao PMDB que lhe disse o que queria e o que fazer, para ser salvo na salvação do seu "ajuste". O PMDB em plena forma.

    Visto como um gesto altruísta de Michel Temer, ou de ressentimento desse peemedebista com ares de esfinge, a recusa em fazer indicações na mudança do ministério foi, de fato, o abandono de Dilma às feras: "negociação", só com a bancada na Câmara. Além de feras peemedebistas, centuriões de Eduardo Cunha. Jogo decido antes de começar.

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    Para esse PMDB, impeachment ou não, pouca diferença faz. O PMDB deu-lhe uma derrubada como efeito colateral, na ocasião mesma em que Aécio propalava negociações para a adesão dos peemedebistas à derrubada de Dilma. Tal efeito não alivia tanto as expectativas de Dilma, porque suas possíveis dificuldades vêm mais da Justiça Eleitoral e do Tribunal de Contas da União do que de Aécio e seus aprendizes de golpistas. Alteram, porém, o confronto de forças políticas, em favor de Dilma.

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