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    João Amoedo

    Cada um de nós é o salvador que a pátria precisa

    12/06/2017 08h40

    Estamos ainda a 16 meses da próxima eleição presidencial, mas a preocupação com quem será o futuro presidente da República já é um tema atual. Pesquisas de intenção de votos; explicitação de candidaturas e tentativas de identificar um outsider são assuntos recorrentes.

    Os últimos dois anos foram difíceis para a quase totalidade dos brasileiros: recessão, 14 milhões de desempregados, inúmeros e relevantes casos de corrupção na área pública sendo revelados, lideranças políticas presas ou denunciadas, uma presidente destituída e seu sucessor sob investigação. É natural, portanto, que haja um enorme desejo de mudança.

    Nesse cenário, uma indagação que tenho recebido com frequência é qual o nome do possível candidato do Novo à Presidência em 2018. Explico, então, que o fundamental é identificar uma pessoa que, sendo eleita, colocará em prática, nas suas decisões e posicionamentos, os princípios e valores que julgamos acertados e necessários para a transformação do Brasil.

    Na maioria das vezes, sinto alguma frustração do meu interlocutor por não definirmos ainda um nome, natural, pois a busca e o interesse já é por um NOME. Um Salvador da Pátria.

    Certamente pessoas que inspirem e liderem são fundamentais em qualquer sociedade, mas para evitarmos erros do passado, com escolhas equivocadas, precisamos saber de forma clara e objetiva como pensam esses líderes e principalmente avaliar se as propostas por eles apresentadas estão corretas. Somente com este roteiro estaremos aptos a escolher a pessoa mais preparada para exercer o cargo de presidente.

    A salvação da pátria não virá de um líder carismático, e muito menos populista, ela virá de cada um de nós através das escolhas acertadas e conscientes que fizermos.

    Nesse sentido, a crise, apesar do seu alto custo, foi positiva pois deixa como legado uma visão mais crítica e explicita, de forma prática, conceitos e ideias que não funcionam, notadamente o modelo de Estado que temos hoje.

    Gostaria, assim, de aproveitar o convite feito pela Folha para, nas próximas semanas, ajudar neste processo, discutindo as razões da crise, onde erramos e o que devemos fazer não apenas para revertermos este quadro, mas para colocar o Brasil no caminho para ser um país desenvolvido onde a qualidade de vida das pessoas seja compatível com o potencial que temos.

    Alguns dos assuntos que pretendo abordar: por que nossa representatividade política é tão ruim e como melhorá-la? Por que o Estado brasileiro arrecada tanto, tem serviços públicos de péssima qualidade e ainda é deficitário? Qual o modelo de Estado mais recomendável para reverter esta realidade? Por que temos tantos casos de corrupção? Por que as campanhas políticas são tão caras e como reduzir o seu custo? A sugestão de outros temas, nessa mesma linha, é muito bem-vinda.

    Vamos falar menos de ''nomes" e mais de ideias e valores.

    joão amoêdo

    Escreveu até dezembro de 2017
    joão amoêdo

    Fundador do Partido Novo. Formado em engenharia civil e administração de empresas, foi sócio do banco BBA e vice-presidente do Unibanco. É sócio do instituto Casa das Garças.

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