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    João Amoêdo

    Os brasileiros querem 'chegar lá'

    20/11/2017 07h48

    Conforme afirmei no artigo da semana passada, o debate eleitoral em curso está privilegiando a análise da viabilidade das candidaturas.

    O que gostaria de discutir é o Brasil que queremos. Afinal, qual é o Brasil onde gostaríamos de viver? Qual é o país dos nossos sonhos?

    Meu desejo seria um Brasil seguro, simples e livre, onde todos possam chegar lá. E o que isso significa?

    Um Brasil seguro: essa é a primeira e mais importante preocupação. O Estado precisa proteger a nossa vida, a nossa propriedade, a nossa liberdade e assegurar que as leis sejam cumpridas.

    Um país simples: uma sociedade baseada em princípios e valores, com foco no essencial, sem burocracia. Leis em excesso servem apenas para criar mecanismos de poder para as instâncias públicas e devem ser revistas e, sempre que cabível, revogadas.

    Um país livre: onde o cidadão tenha liberdade e responsabilidade para ser o protagonista de sua vida, sem a tutela do Estado. Um Estado paternalista, como é o nosso atual, prejudica a iniciativa das pessoas, sua evolução e a geração de riqueza.

    Um país onde todos possam chegar lá: um modelo de Estado que privilegie a educação básica e o livre mercado e, assim, permita que cada brasileiro, com liberdade, possa se desenvolver e realizar seus projetos de vida. Nesse cenário teremos um ambiente propício ao empreendedorismo, a criação de empregos e ao combate efetivo da pobreza.

    Não cabe ao Estado a tarefa de planejar a nossa vida. Com a justificativa de nos "proteger", ele acaba, na maioria das vezes, nos limitando e reduzindo nossa capacidade de inovar.

    Esse Brasil desejado passa, contudo, por uma questão essencial: o equilíbrio das contas públicas.

    É fundamental que os representantes eleitos tenham responsabilidade com as próximas gerações. Devemos priorizar, desde já, medidas e reformas que equilibrem nossas despesas com as receitas. E na realidade atual esse equilíbrio necessariamente terá de vir pela redução dos gastos públicos.

    Não podemos condenar nossos descendentes a arcarem com uma carga tributária –tão ou mais elevada do que pagamos hoje– para fazer frente a uma dívida crescente, em razão de privilégios concedidos.

    Recursos públicos para partidos políticos, empréstimos subsidiados para grandes empresas, barreiras protecionistas, aposentadorias diferenciadas para servidores públicos, mordomias para parlamentares e membros do Judiciário são alguns dos exemplos de gastos que não cabem mais no bolso do pagador de impostos e precisam ser revistos.

    Precisamos buscar um modelo que nos torne mais imunes a maus gestores públicos. Atualmente, com o gigantismo do Estado brasileiro e com a sua interferência em nossas vidas, ficamos reféns e desprotegidos das consequências das atitudes dos nossos políticos.

    Somente com um Estado menos intervencionista os brasileiros conseguirão "chegar lá".

    joão amoêdo

    Escreveu até dezembro de 2017
    joão amoêdo

    Fundador do Partido Novo. Formado em engenharia civil e administração de empresas, foi sócio do banco BBA e vice-presidente do Unibanco. É sócio do instituto Casa das Garças.

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