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    Juca Kfouri

    Paciência, raro leitor

    25/03/2013 03h02

    Está difícil, rara leitora, raro leitor. Se está assim para o colunista, imagine para o editor. Ou não tem nenhum clássico no domingo ou tem esvaziado, como este Palmeiras e Santos, no Pacaembu às moscas.

    O torcedor não está nem aí, deixa as arquibancadas vazias e a audiência da TV, que até abdicou do jogo, bate recordes negativos. Aliás, bem feito!

    Verdade que no Carioca é ainda pior. Mas a Folha, embora nacional, ainda é de S.Paulo, pois não.

    E é do Paulistinha que se quer falar. Há coisas boas para dizer, como as duas últimas exibições de Ganso, ainda distante dele mesmo em 2010, mas animadoras para quem sonha em vê-lo com a camisa da seleção.

    Força, Ganso!

    No Corinthians também tem uma bela novidade: o futebol de Renato Augusto, a cada jogo melhor, pena que tenha se machucado contra o Guarani. Porque Guerrero é, como diria Osmar Santos, do, do...do Peru.

    Sim, Emerson começa a ser em 2013 o que foi em 2012, o que, para o Felipão, não refresca nada, porque, em sua confusa carreira, ele atuou na seleção do Qatar.

    Só que o domingo foi de Palmeiras e Santos. O Palmeiras esfacelado e o Santos sem metade do time, porque com Neymar fora.

    Ora, como não lembrar, mesmo sob o risco do rótulo de saudosista, do que fizeram os dois nos anos 50 e 60 no Paulista, que não precisava ser chamado com nome de fantasia, e bote fantasia nisso, no aumentativo que esta coluna, por apego à liturgia, se recusa a mencionar.

    O Palmeiras de Julinho Botelho que, em 1959, sinalizou para o hegemônico Santos de Pelé que a vida não seria fácil nos anos seguintes.

    Como não foi, porque a Academia palmeirense, comandada por Ademir da Guia, trataria de impedir o tetracampeonato que o Santos busca hoje, em 1963, e o tri, em 1966.

    Menciona-se o passado distante porque o recente, de ontem, mesmo com o alviverde melhor, mostrou como um Barcos faz falta na hora do gol e como o alvinegro praiano é
    Neymardependente. Resultado: o mesmo dos dois clássicos anteriores, outro 0 a 0.

    TITITITE

    Tite quer continuar no Corinthians em 2014, mas acha que deve ir embora no fim deste ano.

    Porque acha que os técnicos no Brasil se expõem mais que os que trabalham na Europa e se desgastam muito mais. Mas como contrariar a vontade do presidente do clube, que fala para quem quiser ouvir que quer mantê-lo, como fez o anterior mesmo depois do Tolima?

    O tititi durará até o fim da temporada e a novela acabará bem caso o Corinthians consiga um título importante em 2013. Qualquer um, menos o do Paulistinha.

    O que explica por que está difícil falar do Estadual que, com excesso de jogos, e em meio à Libertadores, ainda estoura jogadores importantes como na vitória sobre o Guarani.

    juca kfouri

    Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.

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