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    Juca Kfouri

    Como nos velhos tempos

    DE SÃO PAULO

    20/10/2014 02h00

    Como você já leu neste caderno, teremos semifinais nostálgicas na Copa do Brasil. Santos x Cruzeiro, como nos anos 60, e Flamengo x Galo, como nos 80.

    Pois ontem foi impossível não lembrar dos grandes embates entre Palmeiras e Santos nos anos 50 e 60.

    É claro que temos que guardar todas as proporções porque não há mais aqueles craques que desfilavam seus talentos em jogos inesquecíveis. O Santos sempre melhor, mas o Palmeiras sempre capaz de tomar um título aqui outro ali, porque também tinha um timaço.

    O que mais de 33 mil torcedores viram na 29ª. vitória santista da história do clássico no Pacaembu, desempatando o confronto no estádio municipal, certamente ficará presente na memória por muitos anos.

    Porque o futebol fez questão de dar o ar de sua graça não só pelas atuações brilhantes de Lucas Lima e de Valdivia, como pela sua imprevisibilidade.

    O Santos venceu por 3 a 1, mas, na margem de erro como se diz nos dias que correm, o jogo acabou 3 a 3.

    O Palmeiras teve ao menos duas chances claríssimas de gol quando ainda estava 0 a 0 e acabou vítima dos erros de Lúcio e da desatenção de sua defesa, do que Lucas Lima se aproveitou magistralmente, ao lançar Geuvânio no primeiro gol e Mena, no segundo, feito por Gabriel, porque tudo indica que temos uma nova geração de meninos da Vila para curtir.

    Nem por isso o Palmeiras desistiu e, como Lúcio, com todos os anos de bola que tem, ou talvez por isso mesmo, erra, arbitragens também erram, motivo do terceiro gol santista, em impedimento, outra vez de Gabriel, nem bem o segundo tempo começara.

    Ainda assim o Palmeiras seguiu bravamente em busca da reação, limitada ao gol de Henrique no fim porque Aranha fechou o gol, assim como, é verdade, Fernando Prass evitou o que seria o 4 a 0, com Arouca, algo que significaria uma injustiça do tamanho da história deste clássico imortal.

    AH, O FUTEBOL...

    A tarde do domingo estava realmente disposta a homenagear as surpresas do futebol.

    Quando Guerrero abriu o placar no comecinho do jogo no Beira-Rio, num dos mais belos gols deste Brasileirão, porque o peruano usou a cabeça para dar chapéu, não houve corintiano que não tenha se lembrado do vexame vivido diante do Galo.

    E todos os ingredientes daquele jogo se fizeram presentes, porque o Inter amassou o Alvinegro do mesmo modo que este fora amassado no Independência, com uma diferença, a presença de Gil que, além do mais, no finzinho do primeiro tempo, fez o segundo gol paulista, na segunda finalização corintiana.

    Embora durante todo o segundo tempo os ares da virada gaúcha permanecessem presentes, a melhor atuação do Colorado se restringiu ao gol de Nilmar – e o 2 a 1 soou como um presente dos deuses dos estádios, apesar de imerecido.

    CRUZEIRO FORTE

    Evérton Ribeiro voltou e o líder ganhou novamente, sete pontos à frente do São Paulo de Ceni e Ganso.

    juca kfouri

    Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.

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