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    Juca Kfouri

    Os melhores do Brasileirão

    04/12/2014 02h05

    Para a CBF os melhores do Brasileirão são Jefferson, Marcos Rocha, Dedé, Gil e Egídio; Lucas Silva, Souza, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart; Diego Tardelli e Guerrero.

    Sete mineiros, nada mais justo, cinco do Cruzeiro, idem ibidem. Além do técnico, Marcelo Oliveira. A revelação é do Goiás, o atacante Erick.

    A seleção é boa, justificável em cada escolha, mas.

    Sim, sempre tem um mas.

    A desta coluna é outra, e com não poucas cinco diferenças a saber: Marcelo Grohe, e poderia ser Fábio; Maike na lateral-direita, Zé Roberto na esquerda e Leonardo Silva no lugar de Dedé na zaga; daí para frente, só o chileno Aránguiz. Como revelação, o zagueiro Jemerson, do Galo, a sexta diferença.

    A escolha de Marcelo Oliveira é correta, pelo Brasileirão, que é o torneio da seleção. Já se fosse o técnico do ano, Levir Culpi deveria ser o eleito.

    Expostas as divergências, secundárias, diga-se de passagem, uma pergunta à rara leitora e ao raro leitor: quais dos 19 jogadores citados jogariam em quaisquer das seleções brasileiras que ganharam o pentacampeonato mundial?

    Os três goleiros, Jefferson, Grohe e Fábio, no lugar de Félix, na seleção do tri, em 1970?

    Os dois meias, Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart nos lugares de Mazinho ou Zinho, na do tetra, em 1994?

    É possível que sim, e olhe lá.

    O que remete ao tamanho da crise, sem esquecer de que, de todos, apenas Jefferson e Tardelli são titulares da atual seleção.

    Daí vem o futuro presidente da CBF e diz solenemente que "nós continuamos com a hegemonia do futebol no mundo". Nós quem, cara-pálida?

    Dá vontade de chorar, dá vontade de gritar, mas, aí, você se lembra de um dos termos que importamos da internet: o tal do "troll".

    O cara que vive para provocar, para enfurecer, para desestabilizar uma conversa, que joga iscas para os trouxas se incomodarem e responderem. Aí você para (cadê o acento, cadê o acento?) para pensar e resolve não dar bola para o "trolleiro" e se lembra que ele é apenas o bobo da corte.

    E se lembra, também, do 7 a 1...

    NOVA POLÍTICA

    Sabia-se que se fosse eleito Aécio Neves daria força para os atuais cartolas da CBF, que não esconderam que votavam nele. José Maria Marin até ridicularizou Dilma Rousseff publicamente, no Fórum Criminal da Barra Funda, com testemunhas.

    O que não se sabia era qual seria a posição dos marineros.

    Agora se sabe, com a ida de Walter Feldman para a CBF.

    De braço direito de Marina Silva, será o fiel escudeiro do bobo da corte.

    Nova política é isso aí.

    VELHA POLÍTICA

    Os cartolas seguem em seu esforço para verem votada ainda no velho Congresso Nacional a Lei da Responsabilidade Fiscal do Esporte.

    O governo federal segue convicto de que será melhor votá-la só no ano que vem, com o novo Congresso.

    Do braço de ferro resultará ou mais do mesmo ou uma legislação que mude o modelo de gestão do futebol brasileiro. Que, faz tempo, deixou de ser hegemônico.

    juca kfouri

    Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.

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