Com 50% da seleção brasileira na festa catalã pela conquista da quinta Liga dos Campeões, o time B do México atrapalhou a equipe de Dunga por menos de meia hora, até que Philippe Coutinho abrisse o placar em belo gol na arena palmeirense. Daí por diante ficou fácil, Tardelli fez 2 a 0 e o segundo tempo virou um porre, com a ola prevalecendo sobre a bola.
Imagine se Neymar estivesse em campo.
NEYMAR E OS NÚMEROS
O texto que segue é de João Henrique Marques, do UOL Esportes, que pertence ao Grupo Folha:
"É final? Tem gol e título de Neymar. O brasileiro segue com o rótulo de decisivo ao marcar gol no triunfo por 3 a 1 do Barcelona sobre a Juventus na decisão da Liga dos Campeões, sábado, no estádio Olímpico, em Berlim, na Alemanha. Agora, já são dez finais com gols e título entre as 14 disputadas. O que representa 71% das ocasiões.
Neymar agora tem no currículo de finais os títulos do Paulista, Libertadores, Copa do Brasil, Recopa, Copa das Confederações, Copa do Rei, Supercopa da Espanha, e Liga dos Campeões. Em todos eles, o brasileiro deixou a marca.
As únicas quatro finais em que passou em branco, ele deixou o campo derrotado. Foram duas vezes no Paulista (2009 e 2013), uma nas Olimpíadas de Londres em 2012 e a outra no Mundial de Clubes em 2011 com o Santos contra o Barcelona no Japão.
De Campeonato Paulista, Neymar tem três títulos. E gols marcados na decisão contra o Santo André (2010), Corinthians (2011) e Guarani (2012).
Na Libertadores, Neymar marcou na vitória do Santos contra o Peñarol por 2 a 1 no placar agregado. Na Recopa sul-americana também deixou a marca no triunfo por 2 a 0 diante da Universidad do Chile. E na Copa do Brasil, a vítima foi o Vitória na decisão em 2010.
Já pelo Barcelona, Neymar estreou com gol em decisão. Isso aconteceu na Supercopa em 2013 ao marcar o do título do Barcelona diante do Altético de Madrid "" confronto em dois jogos terminou 1 a 1 no placar agregado, e o time catalão foi campeão pelo gol fora de casa.
Nesta temporada, Neymar já deixou a marca na decisão da Copa do Rei ao marcar o segundo gol da vitória do Barça por 3 a 1 sobre o Athletic de Bilbao. E agora, a vítima foi a Juventus".
Agora, digo eu.
Como se sabe, o 7 a 1 aconteceu não na final, mas na semifinal da Copa do Mundo. De todo modo cabe a pergunta que jamais terá resposta: com Neymar em campo, não tivesse sido vítima do joelhaço do colombiano Zúñiga, haveria tal vexame ou os alemães seriam mais respeitosos e temerosos?
Em tempo: endosso Mestre Tostão e também vejo Lionel Messi como o segundo melhor jogador da história, embora ainda não veja Neymar tão perto de ocupar o lugar de Mané Garrincha no futebol brasileiro, assim como, diferentemente de PVC, não vejo o fabuloso império do Barcelona melhor –está escrito melhor, não maior– que o do Santos dos anos 50/60.
Tudo porque, acredite, Pelé fazia enorme diferença.
Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.