• Colunistas

    Thursday, 02-May-2024 15:20:05 -03
    Juca Kfouri

    Empate elétrico

    10/08/2015 02h00

    Os tricolores tinham razão em querer Luís Fabiano em campo e os alvinegros não tinham ao achar que ele seria um peso morto.

    O Fabuloso foi o melhor em campo, mandou duas bolas na trave e marcou o gol do empate no começo da etapa final do clássico –que vira o Corinthians abrir o marcador com Luciano num primeiro tempo inteiramente são-paulino.

    Os 45 minutos finais foram bem mais equilibrados e os 10 últimos minutos , com os visitantes reduzidos a 10 jogadores pela expulsão de Felipe, talvez fossem mais bem aproveitados pelos anfitriões caso a arbitragem marcasse o pênalti cometido por Uendel já no derradeiro segundo dos acréscimos.

    No fim, sem a menor dúvida, o Corinthians ganhou um ponto e o São Paulo perdeu dois.

    Ainda mais que o Galo também empatou e a diferença entre ambos permaneceu a mesma, de apenas dois pontos, além de o Fluminense ter perdido e o time do Sport também só empatado.

    Mesmo sem mais uma vez o jogo do Morumbi ter sido um primor técnico, bem longe disso, por sinal –porque a defesa do São Paulo é um pesadelo e o ataque corintiano ainda um sonho–, a eletricidade foi tanta que merecia mais de 31 mil torcedores.

    TEMERIDADE

    O Palmeiras entrou de amarelo para lembrar que representou a seleção brasileira na inauguração do Mineirão, 50 anos atrás.

    O marketing alviverde é corajoso, tanto quanto o técnico colombiano do São Paulo que pôs Breno para jogar em pleno Majestoso.

    Porque o uniforme verde e amarelo hoje em dia no Mineirão lembra mesmo o 7 a 1, lembra derrota.

    A equipe do Palmeiras precisa é de afirmação e não era hora de se descaracterizar.

    Coincidência ou não, mesmo contra um problemático Cruzeiro, o time paulista sucumbiu ao ser derrotado por 2 a 1 num clássico tão brigado como o do Morumbi, ainda com menos gente, apenas 20 mil torcedores, apesar de Cristaldo ter deixado o seu gol e reforçado a sua marca como talismã.

    A hora é de calma e o objetivo deve ser permanecer com os pés no chão, isto é, uma vaga no G4, porque querer o título é querer demais por enquanto.

    E quem tudo quer...

    DENÚNCIA

    A direção do inerte sindicato dos atletas paulistas terá de responder ao Ministério Público do Trabalho por que impede que jogadores no exercício da profissão sejam candidatos à presidência da entidade; por que dificulta que os atletas recebam os 5% de direito de arena a que têm direito; por que há quase duas décadas não celebra Convenções ou Acordos Coletivos.

    Denúncia detalhada neste sentido acaba de ser protocolada na Justiça do Trabalho.

    juca kfouri

    Tem mais de 40 anos de profissão. É formado em ciências sociais pela USP. Escreve às segundas, quintas e domingos.

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024