• Colunistas

    Sunday, 23-Jun-2024 15:38:14 -03
    Julianna Sofia - Julianna Sofia

    Falta de nome para o pós-Temer dá fôlego para o peemedebista

    27/05/2017 02h00

    Alan Marques - 21.fev.2017/Folhapress
    BRASÍLIA, DF, BRASIL, 21.02.2017.O presidente da República, Michel Temer participa, ao lado do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, participa da Reunião com a Comissão de Reforma da Previdência.(FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER
    Rodrigo Maia, Michel Temer e Henrique Meirelles em reunião com a comissão da reforma da Previdência

    BRASÍLIA - A falta de um nome que aglutine as forças políticas que hoje discutem o pós-Temer tem garantido a sobrevida que o peemedebista julga ter para retomar sua agenda reformista no Congresso.

    Não temos um varão de Plutarco. A diagnose é acurada e causa surpresa por vir de forma tão aberta de onde menos se poderia esperar. Ao "Valor", o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) descartou a renúncia presidencial e demonstrou zanga com as articulações em curso por eleições indiretas sob o beneplácito de aliados de primeira hora.

    "É um momento em que você não tem no Senado um varão de Plutarco, uma referência que esteja acima de tudo e de todos, sobretudo do ponto de vista intelectual. Nós não temos, é uma pena. No passado tivemos", lamuriou o ministro.

    O adendo que se faz à fala do conselheiro palaciano é que a ausência se dá não apenas no Senado, onde Tasso Jereissati (novo comandante do tucanato) desponta com vantagem na disputa. Da Câmara, só o que surge é a óbvia especulação em torno de Rodrigo Maia, genro de Moreira. Até a realização do pleito indireto, o deputado deverá assumir o Planalto —com a pena na mão para nomeações e liberações de verba.

    Tasso e Maia oscilam nas apostas do mercado financeiro e do empresariado nacional, para quem o que importa de fato é a manutenção da política econômica e a aprovação das reformas. Até por isso, nomes fora dos muros do Congresso —Nelson Jobim, FHC ou Henrique Meirelles— enfrentam mais resistências.

    O presidente da República ganha oxigênio à espera do julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE e enquanto a concertação pelas indiretas não encontra seu próprio varão.

    *

    Uma das primeiras e poucas mulheres a assumir cargo na alta cúpula do governo, Maria Silvia Bastos, do BNDES, é a primeira a pular da pinguela. Moreira aplaudiu.

    julianna sofia

    É secretária de Redação da sucursal da Folha em Brasília. Atuou como repórter na cobertura de temas econômicos. Escreve aos sábados.

    Edição impressa

    Fale com a Redação - leitor@grupofolha.com.br

    Problemas no aplicativo? - novasplataformas@grupofolha.com.br

    Publicidade

    Folha de S.Paulo 2024