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    Julio Abramczyk

    A cárie precoce na infância

    12/10/2013 02h39

    Estudo realizado em cidade do interior de Minas Gerais com crianças de três a cinco anos encontrou a presença de cárie precoce em 53,6% delas.

    Pesquisa feita em 2010, em todo o Brasil, mostrou que 53,4% das crianças de cinco anos tinham a média de 2,3 dentes com cárie, um resultado semelhante.

    Na revista "Brazilian Oral Research" deste ano, Patrícia Corrêa Faria e colaboradores da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri, em Diamantina, e da UFMG, em Belo Horizonte, explicam os problemas encontrados em Diamantina que facilitam o surgimento de cáries nas crianças, além da deficiente higiene oral.

    Os odontopediatras encontraram maior frequência de cáries precoces nas crianças de famílias com baixa renda familiar.

    Nesse núcleo familiar, os pais têm nível escolar deficiente e reduzido acesso a informações sobre saúde.

    E têm, principalmente, percepções inadequadas para a manutenção da saúde bucal da criança.

    Os especialistas também explicam que o tamanho da família facilita a ocorrência das cáries. As crianças necessitam de supervisão individual durante a escovação. Elas ainda não desenvolveram destreza para a higiene oral adequada.

    Dessa forma, a ausência de controle pessoal dos pais, por falta de tempo ou por excesso de filhos, contribui para a redução dos cuidados com a saúde bucal das crianças.

    julio abramczyk

    Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
    Escreve aos sábados.

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