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    Julio Abramczyk

    Uma doença exclusiva dos homens

    14/12/2013 03h10

    Muitas cirurgias têm sido substituídas por tratamento clínico nos últimos anos.

    No século passado, foi a ressecção de parte dos pulmões no tratamento da tuberculose substituída por remédios como estreptomicina.

    A operação da úlcera de estômago foi trocada por remédios que tratam o "Helicobacter pylori", que provoca a lesão na maioria dos casos.

    Os portadores da doença de Peyronie, bem conhecida dos médicos mas pouco comentada, receberam um sopro de esperança na semana passada. A FDA, agência que controla remédios e alimentos nos EUA, aprovou o uso de um medicamento biológico para a doença.

    Se o remédio confirmar sua ação em muitos pacientes, será o primeiro tratamento não cirúrgico para o problema. A cirurgia nem sempre dá resultados satisfatórios.

    Na doença de Peyronie, surge uma placa fibrosa sob a pele do pênis. Ela afeta homens entre 40 e 60 anos, com incidência estimada de 1% a 5% na população masculina.

    Na ereção, provoca dolorosa curvatura do órgão, dificultando a atividade sexual. Com frequência, leva o portador à depressão.

    Aplicado no pênis por injeções, o remédio atuaria no colágeno, proteína cujo excesso cria a placa fibrosa que causa a curvatura do órgão.

    Só deve ser aplicado por especialistas, já que reações adversas foram relatadas. Testes com 832 pessoas atestam a segurança e eficácia da droga, segundo o fabricante.

    julio abramczyk

    Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
    Escreve aos sábados.

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