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    Julio Abramczyk

    Há 50 anos começava a guerra contra o cigarro

    08/02/2014 03h16

    Não se fuma mais nos restaurantes de São Paulo. E também nos bistrôs de Paris e nas tradicionais hamburguerias norte-americanas. E, principalmente, nos aviões.

    Parece que a proibição de fumar em ambientes fechados é recente. Mas a luta pela marginalização do cigarro completou 50 anos.

    Em janeiro de 1964, o então "Surgeon General" (cargo equivalente a ministro da Saúde) dos EUA, o médico Luther L. Terry, apresentou um relatório com título bem simples: "Smoking and Health".

    Há 50 anos, o relatório com base em 7.000 artigos científicos relacionava o cigarro ao câncer pulmonar e de laringe e à bronquite crônica.

    Ao longo dos anos, a lista aumentou e introduziu o "fumante passivo", aquele que está perto de quem fuma.

    No relatório deste ano, Boris D. Lushniak, "surgeon general" em exercício, destaca que fumar está associado ao surgimento da degeneração macular relacionada à idade. A doença destrói a mácula de idosos, a parte mais sensível da retina, e pode provocar perda da visão.

    Outra evidência detectada são as mortes de fumantes passivos por doenças do coração e acidentes vasculares cerebrais. O número dessas mortes é significativamente maior do que o das mortes por câncer pulmonar.

    As 978 páginas de "The Health Consequences of Smoking 50 Years of Progress" podem ser acessadas aqui.

    julio abramczyk

    Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
    Escreve aos sábados.

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