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    Julio Abramczyk

    Uma antiga e complexa doença

    15/11/2014 02h01

    Há 2.000 anos, na Turquia, o médico Areteu da Capadócia costumava anotar os sintomas dos pacientes ao tratá-los. Escreveu oito tratados descrevendo várias doenças, entre elas o transtorno bipolar e a doença celíaca.
    A desordem bipolar é um transtorno no qual fases de depressão com euforia se alternam. Difícil de tratar, ela continua sendo estudada.

    Em homenagem a Areteu, Capadócia foi recentemente sede de um encontro com pesquisadores da área que relataram os novos avanços no conhecimento da fisiopatologia, da neurobiologia e do tratamento da doença.

    As conferências foram publicadas em um número especial da revista "Harvard Review of Psychiatry".

    Entre os vários trabalhos, a disfunção do eixo hipotalâmico-pituitária-adrenal foi relacionada ao problema.

    Uma pesquisa sobre a efetividade do lítio concluiu que cerca de um terço dos pacientes apresenta excelente resposta com a substância, e características genéticas estão associadas a essa reação.

    Já o grupo do Instituto de Neurociências da Universidade de Barcelona, Espanha, relatou vários tipos de intervenção psicológica para tratar a desordem bipolar. Os grupos de psicoeducação associados ao tratamento clínico mostraram-se eficazes.

    Em relação ao uso de estimulantes na fase depressiva do paciente, pesquisas sugerem que eles também podem contribuir para uma possível redução do comportamento maníaco, quando presente.

    julio abramczyk

    Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
    Escreve aos sábados.

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