Em 1988 a Folha divulgou a então denominada "lista improdutiva da USP", relacionada à produção científica das universidades.
A celeuma provocada pela lista contribuiu para a criação de um programa de avaliação das universidades brasileiras, mostrando que elas precisam prestar contas de sua produção científica.
Em março de 1990, controversa medida provisória determinava a extinção da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, do MEC), que fracassou devido à mobilização da comunidade científica.
Esses são alguns dos muitos avanços e percalços da educação brasileira tratados no livro "O MEC pós-constituição", do professor Célio da Cunha e colaboradores, editado pela Liber Livro Editora em colaboração com a Unesco e a Universidade Católica de Brasília.
Célio da Cunha acumula conhecimento e experiência da área em funções na Unesco, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e universidades de Brasília e Federal de Mato Grosso há mais de 40 anos. Ele alerta para o fato de que a educação nacional precisa situar-se acima de conflitos ideológicos e interesses partidários ou de grupos, visando o futuro das novas gerações.
A obra está dividida em onze capítulos nas suas 527 páginas e aborda temas de educação desde os eventos do famoso "Manifesto dos Pioneiros de 1932" à Constituição de 1988 e às gestões no MEC de 1988 a 2015.
Médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico.
Escreve aos sábados.