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    Leandro Colon

    O impacto das urnas para 2018

    01/10/2016 02h00

    Marlene Bergamo/Folhapress
    PODER ELEIÇOES- Sao Paulo - Ultimo debate antes das eleiçoes para Prefeito, promovido pela rede globo. Os candidatos Marta do PMDB, Fernando Haddad (PT), Celso Russomano (PRB), Major Olimpio (SDD), Luiza Erundina (PSOL) e Joao Doria (PSDB) 29/09/2016 - Foto - Marlene Bergamo/Folhapress - 017
    Candidatos à Prefeitura de São Paulo participam de debate promovido pela Globo na quinta-feira (29)

    BRASÍLIA - Aécio Neves e Eduardo Campos celebravam há quatro anos a vitória em primeiro turno de seus candidatos nas eleições municipais de Belo Horizonte e do Recife.

    Ambos saíram daquela eleição fortalecidos e praticamente definidos como os nomes de PSDB e PSB ao Palácio do Planalto para a votação que ocorreria dois anos depois.

    O roteiro a seguir todos sabemos. Campos morreu tragicamente num acidente aéreo a dois meses da eleição presidencial. Aécio perdeu no segundo turno para Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT.

    De lá para cá, Aécio foi chamuscado pela Lava Jato, Dilma teve seu mandato cassado num processo de impeachment e o PMDB assumiu a Presidência com Michel Temer. Muita coisa mudou em pouco tempo.

    O contexto local costuma naturalmente preponderar em campanhas municipais, mas é inevitável o vínculo do resultado nos principais colégios eleitorais do país com o xadrez da disputa presidencial de 2018.

    Uma vitória de João Doria na briga pela prefeitura de São Paulo, por exemplo, representa, dentro e fora do PSDB, um empurrão à candidatura de Geraldo Alckmin ao Planalto.

    Um resultado que coloca o governador paulista, padrinho de Doria, casinhas à frente de Aécio no tabuleiro da corrida tucana pela chapa.

    O PT, por sua vez, terá de recalcular as pretensões nacionais se for confirmada a previsão de derrota esmagadora da sigla nas capitais e em outras cidades de relevância política.

    Soma-se ao mais profundo drama da história petista a falta de um plano B diante do risco de Lula virar ficha suja com uma condenação na Lava Jato em segunda instância.

    O PMDB tende a manter a primazia municipal nos rincões. Legendas da base do governo Temer devem levar a melhor na maioria das capitais.

    O desafio do PMDB, na verdade, é outro. Para chegar em forma a 2018, mais do que ganhar prefeituras neste domingo (2), tem de resgatar uma economia que respira por aparelhos.

    leandro colon

    É diretor da Sucursal de Brasília. Foi correspondente na Europa, baseado em Londres, de 2013 a 2015. É vencedor de dois Prêmios Esso e de um Prêmio Folha de Jornalismo. Escreve às segundas.

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